Um estudo publicado na JAMA Pediatrics afirma que a alfabetização e as habilidades de linguagem das crianças sofrem por conta do uso de celulares e tablets. Exames de ressonância magnética já podem confirmar a afirmação.

O estudo analisou crianças entre três e cinco anos, medindo suas habilidades cognitivas. Durante a avaliação, foi pedido para que os pais respondessem uma pesquisa detalhando o contato das crianças com telas. As respostas receberam pontuações segundo diretrizes de tempo de tela apresentadas pela Academia Americana de Pediatria. Além disso, as crianças passaram por uma ressonância magnética para uma análise física do cérebro.

As pesquisas mostraram que quem passou mais tempo na frente das telas tinham o que foi chamado de “integridade da substância branca” mais baixa. Essa substância branca funciona como a rede de comunicação interna do cérebro. A qualidade dessa estrutura está associada à função cognitiva e se desenvolve à medida que as crianças aprendem a linguagem.

John Hutton, principal autor da pesquisa, afirma que tem uma ligação clara entre o maior uso de tela e a menor integridade da substância branca. Além disso, essa mudança pode refletir no resultado de testes cognitivos realizados pelas crianças.

Para Signe Lauren Bray, pesquisadora da Universidade de Calgary, a pesquisa não é conclusiva por se tratar de um estudo pequeno. Para ela, que também realizou testes com ressonância magnética em crianças, o tempo na frente das telas estão mais ligados com o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade).

Apesar de considerado pequeno, o estudo pretende crescer e procurar entender como o uso de tela pelos pais pode influenciar os filhos.

Via: Technology Review