O aplicativo de encontros Tinder recebeu diversas queixas recentemente por causa de banimentos de usuárias trans da plataforma. Os perfis foram removidos pois o app impõe uma proibição automática de uso após uma conta receber muitas denúncias. No entanto, essa política foi usada para atacar contas de pessoas trans, que tiveram os perfis removidos.
Segundo um documento, as mulheres transexuais foram particularmente afetadas pelas queixas e subsequentes assédios. O CEO do Tinder, Elie Seidman, afirmou que as reclamações injustas foram uma “consequência imprevista” na política da empresa. Agora, o aplicativo busca fazer alterações para combater a brecha.
Entre os depoimentos na página de suporte do Tinder no Twitter, grande parte se refere às punições injustas de pessoas que tiveram suas contas banidas por conta de sua identidade de gênero. Uma mulher trans chamada Avalon revelou à BBC News que ficou “chocada e confusa” após receber uma mensagem automática das diretrizes da comunidade como justificativa de seu afastamento.
“Eu usei o Tinder como uma maneira de ver quem está por aí. Como uma mulher trans, pode ser perigoso conhecer pessoas no mundo real, porque você nunca sabe como alguém pode reagir à identidade de gênero. Aplicativos de namoro como o Tinder me permitem contornar esse problema e conversar com homens em uma plataforma segura”, afirmou.
Outra mulher trans que utiliza o app, Valeri, disse se decepcionou e “se sentiu insultada” pela exclusão indevida. A mulher afirmou que não havia violado nenhuma regra e, ainda assim, sua conta foi removida. “Era um lugar simples e seguro que normalizava os pronomes e várias identidades de gênero”, segundo ela.
Fonte: BBC