YouTube Rewind é a mais que tradicional retrospectiva que o site de vídeos divulga todo ano na internet. A edição deste ano, porém, bateu um recorde inédito e se tornou o vídeo mais “descurtido” da história da plataforma.
Publicado em 6 de dezembro, o Rewind 2018 acumulou quase 120 milhões de visualizações nos primeiros seis dias. Quase 10 milhões de pessoas marcaram o vídeo com o ícone de um polegar para baixo, o botão “Não gostei”, e outras 2,1 milhões de pessoas marcaram como “Gostei”.
A retrospectiva de oito minutos reúne alguns dos criadores de conteúdo mais populares do ano no YouTube, incluindo o ator Will Smith, o comentarista de tecnologia Marques Brownlee, além dos brasileiros Whindersson Nunes, Nathalia Arcuri, Iberê Thenório e Mariana Fulfaro (do canal Manual do Mundo), entre outros.
Mas dá para ver pelos comentários que muita gente não gostou. Entre as mais de 1,5 milhão de respostas deixadas no vídeo, há críticas como “eles conseguem fazer pior a cada ano” e “eu nunca terei aqueles 8 minutos e 13 segundos de volta”.
Mas qual é o problema com o YouTube Rewind deste ano? Uma crítica recorrente é a de que o vídeo deixou de fora personagens e momentos importantes da história da plataforma em 2018, incluindo produtores de conteúdo de fama internacional como Felix Kjellberg (PewDiePie) e Logan Paul.
Os dois protagonizaram momentos controversos em 2018. O primeiro perdeu patrocínio de grandes marcas no YouTube após publicar piadas de cunho antissemita em alguns de seus vídeos, além de suásticas e referências ao nazismo. Já Logan Paul fez o YouTuber perder diversos anunciantes após filmar um cadáver em tom de brincadeira numa floresta do Japão.
O que alguns youtubers afirmam é que o YouTube Rewind hoje é encarado de maneiras diferentes por cada espectador. O público vê a produção como uma celebração da comunidade e de tudo o que aconteceu ali no ano que passou. Já a empresa parece vê-lo como um comercial da sua plataforma para atrair anunciantes.
Por conta disso, momentos e figuras controversas acabam sendo deixados de lado no vídeo, que é feito por uma produtora norte-americana chamada Portal A. Há tamém referências à banda de K-Pop BTS que teria tido visualizações “removidas” pelo YouTube em 2018 e não é citada pelo nome no Rewind. E até o streamer Ninja aparece, embora ele seja mais popular no Twitch do que no YouTube.
Num post em seu blog oficial, o YouTube explicou o objetivo do Rewind 2018: “em vez de tentar resumir os maiores memes, personalidades e vídeos de 2018, tentamos algo diferente desta vez. Pedimos a alguns dos maiores nomes do YouTube para nos dizerem o que eles queriam ver se controlassem o Rewind”.
Esta é a premissa básica do vídeo. Mas a julgar pelo número de “dislikes”, a ideia não deu muito certo.
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