Pode ser que quem é fã de vários estúdios sob o guarda-chuva da Disney se veja forçado a assinar mais de um serviço de streaming quando o conglomerado abrir sua própria plataforma, já que a Disney estuda a possibilidade de lançar produtos diferentes para marcas diferentes.
Quem chamou atenção para esse cenário foi o TechCrunch, que notou a ausência de Marvel e Star Wars no discurso de terça-feira, 8, quando a Disney comunicou que pretende entrar em concorrência com a Netflix.
O CEO da Disney, Bob Iger, explicou que há um sentimento de que conteúdos de Marvel, Lucasfilm, Disney e Pixar não atraem necessariamente os mesmos públicos, o que leva a companhia a explorar a possibilidade de separar as coisas. “Estamos conscientes do volume de produtos que seria colocado nesses serviços e queremos ser cuidadosos sobre isso”, comentou o executivo.
Entretanto, como analisa o mesmo TechCrunch, a ideia soa estranha quando se leva em consideração que filmes de super-heróis fazem enorme sucesso entre o público infantil, o mesmo que consome títulos como “Frozen” e “Toy Story” e até os da franquia “Star Wars”.
Sem contar que quem paga pelo streaming não são as crianças, e sim seus pais e responsáveis. Mesmo que haja alguma diferenciação entre os gostos de acordo com cada idade, uma família com mais de uma criança já sairia financeiramente prejudicada. Na prática, haveria uma fragmentação que faz lembrar a TV paga.
Mas nada disso é certeza, uma vez que a Disney apenas começou a explorar suas possibilidades. E pode ser que esse(s) serviço(s) de streaming sequer chegue(m) ao Brasil, tanto que a divisão local da Netflix já avisou que os acordos de exclusividade entre as duas empresas não sofrerão impacto no nosso país.