Joe diGenova, advogado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na segunda-feira (30) que o ex-chefe de segurança cibernética do país, Christopher Krebs, deveria ser fuzilado. A frase foi dita durante entrevista de diGenova ao canal de rádio Howie Carr. Ao longo da conversa, o advogado explicitou outras ideias polêmicas.

Krebs foi demitido no mês passado por Trump, após ter afirmado que a eleição presidencial 2020, vencida por Joe Biden, “foi a mais segura da história americana”. O Business Insider lembrou da fala de Krebs na ocasião: “Não há evidências de que qualquer sistema de votação excluiu ou perdeu votos, mudou votos ou foi de alguma forma comprometido”, falou Krebs.

Por isso, Trump parece ter ficado irritado com o argumento, afinal ele ainda não admitiu com todas as palavras que perdeu, e tomou a decisão de dispensar os serviços de Krebs. Após tomar as dores do atual presidente, diGenova disse que o ex-chefe de segurança “deve ser sorteado e esquartejado. Retirado de madrugada e fuzilado”.

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De acordo com a Forbes, Krebs sugeriu a abertura de uma ação legal contra as declarações do advogado de Trump. Ele afirmou a possibilidade no programa The Today Show, da NBC. Contudo, a apresentadora Savannah Guthrie lembrou que não é a primeira vez que o ex-chefe de segurança cibernética é ameaçado de morte. Krebs preferiu não se pronunciar sobre como se sentia com as afirmações de diGenova.

Cabe destacar que independentemente de partido, Krebs foi exaltado pela comunidade política dos EUA por ter desenvolvido estratégias de segurança para este último pleito. No Departamento de Segurança Interna como chefe da Agência de Segurança Cibernética e Infraestrutura (Cisa, na siglas em inglês), ele ajudou a proteger sistemas de votação eletrônica, bem como lançou a plataforma conhecida como Controle de Rumores. A aplicação desmentiu falas durante o período eleitoral, algumas delas, inclusive, proferidas por Trump.

Outros pontos da entrevista de Trump

Também durante a conversa, o advogado de Trump falou sobre uma força-tarefa que está empenhada em refutar o resultado divulgado nas eleições 2020. Segundo ele, uma equipe jurídica está tentando pressionar os republicanos estaduais com o objetivo de convencê-los a não conhecer Joe Biden como o ganhador e reeleger o atual presidente por meio do Colégio Eleitoral.

diGenova também disse em entrevista que a equipe jurídica de Trump ainda continua tentando reeleger Trump. Créditos: Alex Gakos/Shutterstock

“Estamos trabalhando nos estados para ver se as legislaturas estaduais irão intensificar e reivindicar seu dever constitucional, que é determinado se os eleitores foram ou não selecionados adequadamente por meio do processo eleitoral”, explicou diGenova.

Além disso, o advogado também falou sobre ocorridos já desmentidos pelo tribunal, como por exemplo que houve cidades que contabilizaram números de votos maiores do que o número de residentes no local. Mas um processo judicial já mostrou que a equipe jurídica de Trump confundiu as abreviações de Minnesota e Michigan, o que resultou na comparação errônea.

Via: Gizmodo