A iniciativa Covax, que visa tornar mais equalitária a imunização contra Covid-19 quando as pesquisas avançarem, ganhou dois novos aliados. Duas das principais farmacêuticas do planeta, a francesa Sanofi e a britânica GSK anunciaram que disponibilizarão 200 milhões de doses de suas vacinas ao projeto.

Os dois laboratórios desenvolvem em conjunto uma vacina que, neste momento, está na fase 2 de testes. A expectativa dos pesquisadores é concluir a etapa até dezembro e iniciar a terceira e definitiva etapa, com os resultados previstos para o ano que vem.

A Covax é uma iniciativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) que cria um fundo internacional, em parceria com governos e farmacêuticas, para garantir doses até mesmo para países pobres, já prevendo que a altíssima demanda e a competição entre as maiores potências econômicas. 

Além da GSK e da Sanofi, a Covax também já conta com parcerias com a AstraZeneca, que desenvolve uma vacina em conjunto com a Universidade de Oxford, a Novavax, Inovio, Moderna, Curevac, ThemisMerk, Clover, Universidade de Queensland e Universidade de Hong Kong.

A expectativa da Covax é conseguir distribuir 2 bilhões de doses até o fim de 2021. Já há mais de 170 países participantes; os mais ricos precisarão pagar pelas vacinas, enquanto economias mais frágeis as receberão gratuitamente. O Brasil já é parte do projeto, com 40 milhões de doses reservadas, suficientes para 10% da população.

Quando o acerto do governo brasileiro com a Covax aconteceu, havia duas opções, e o país escolheu a mais cara. A vantagem dessa alternativa é que ela permite escolher quais vacinas serão fornecidas, o que permite garantir que se trata de uma fórmula que tenha sido validada pela Anvisa antes de iniciar a distribuição.