A SpaceX e a LeoLabs anunciaram nesta terça-feira (27) uma parceria comercial. A LeoLabs fornecerá à SpaceX dados de rastreamento dos satélites da constelação Starlink, em um período que vai das primeiras horas após o lançamento até que eles comecem o processo de “subida” para suas órbitas definitivas, o que pode levar até 90 dias.

Apesar de só ter sido anunciada agora, a parceria está em vigor desde março deste ano, o que significa que a LeoLabs já rastreou o lançamento de vários lotes de satélites. A empresa afirma ser capaz de fornecer dados sobre um satélite apenas uma hora após ele passar sobre uma de suas estações de monitoramento em solo.

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A LeoLabs ganhou notoriedade recentemente após alertar para a possibilidade de colisão de dois grandes pedaços de lixo espacial, em meados de outubro. Com o aumento da quantidade de satélites em órbita, aumenta também a preocupação com estas colisões, que podem não só danificar satélites em operação como gerar nuves de destroços que podem ameaçar missões tripuladas à Estação Espacial Internacional, a ISS.

Beta do Starlink

Nesta semana a SpaceX começou a enviar e-mails a usuários interessados no acesso à internet via satélite através de sua constelação Starlink, informando o inicio de um programa beta público.

Batizado de “Melhor do que Nada”, o programa beta oferece acesso antecipado à rede por US$ 99 (R$ 560) mensais, mais US$ 499 (R$ 2.800) pela compra do equipamento de acesso (antena, tripé e roteador). Na mensagem a empresa deixa bem claro o que os usuários podem esperar: velocidade de acesso entre 50 e 150 Mb/s e latência entre 20 e 40 ms, além de “breves períodos sem nenhuma conexão”.

Segundo a empresa, a largura de banda irá aumentar, e a latência diminuir, à medida que mais satélites forem lançados e mais estações em terra forem instaladas para receber seus sinais. A empresa também afirma que continuará a atualizar seu software de rede, e espera reduzir a latência para algo entre 16 e 19 ms em 2021.

A SpaceX planeja colocar até 12 mil satélites em órbita, arranjados em várias “camadas” ao redor do planeta para oferecer acesso global à internet em banda larga. A primeira camada terá 1.584 satélites, dos quais 895 já estão em órbita. A SpaceX usa seus foguetes Falcon 9 em voos regulares para lançar os satélites, em grupos de 60 de cada vez.

Fonte: TechCrunch