A missão chinesa Chang’e 5 partiu em direção à Lua com o objetivo de coletar amostras do solo de nosso satélite natural e trazê-las para a Terra. Ao que parece, parte dessa tarefa já foi concluída. Isso porque a China confirmou que a espaçonave pousou com sucesso no destino nesta terça-feira (1º).

A partir de agora, a próxima parte da missão se inicia e o módulo de pouso começará a desenterrar amostras do solo. O retorno do equipamento para a Terra carregando o que foi coletado foi marcado para o fim de dezembro.

O lançamento, que ocorreu em 23 de novembro, marca uma missão particularmente complicada, já que consiste em quatro espaçonaves que, juntas, serão responsáveis por trazer de 2 kg a 4 kg de rochas lunares para a Terra.

Do total, duas espaçonaves são um módulo de pouso e um veículo de subida, que ficam uma em cima da outra. Em 28 de novembro, o par se separou da terceira parte, o módulo de serviço da missão, que permaneceu em órbita ao redor da Lua. No entanto, o pouso aconteceu apenas hoje – por volta das 12h13 (horário de Brasília). Confira o momento da separação.

Agora, nos próximos dias, o módulo de pouso usará um braço robótico para perfurar a superfície e coletar pedras, armazenando-as em um recipiente de amostra. Quando a missão Chang’e 5 terminar, ambos voltarão à órbita e se encontrarão com o módulo de serviço. Com isso, poderão voltar à Terra.

Em algum momento do processo, a amostra será transferida para a quarta espaçonave, uma cápsula de reentrada que será responsável por trazer o material para o solo. Ainda não está claro quando o pouso por aqui ocorrerá, mas estima-se que seja entre os dias 16 e 17 de dezembro.

Apesar de todo esse esforço, a Chang’e-5 não é a única a trazer rochas do espaço para a Terra neste mês. A missão Hayabusa 2, do Japão, que está no espaço desde 2014, está programada para trazer uma amostra de um asteroide chamado Ryugu neste fim de semana. Isso significa que, até o fim de dezembro, teremos duas amostras de rochas espaciais em nosso planeta.

Via: The Verge