Japão lança com sucesso satélite com comunicação a laser

Lucas, como é conhecido, estará em órbita durante 10 anos para auxiliar, entre outras coisas, em respostas de desastres naturais; tecnologia a laser para transmissão de dados é inovadora
Leticia Riente30/11/2020 16h39, atualizada em 30/11/2020 17h23

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O lançamento do foguete H-IIA, pela agência espacial japonesa (Jaxa), foi promovido com sucesso no domingo (29). A espaçonave levou a bordo o Laser Utilizing Communication System, ou Lucas como é conhecido, que permitirá a comunicação de alta velocidade de naves militares e civis de observação da Terra por meio de laser. A informação foi divulgada via Twitter pela Mitsubishi Heavy Industries (MHI), construtora do foguete.

A MHI afirmou em seu site que o “lançamento foi executado conforme programado” e “separou com sucesso o satélite retransmissor de dados nº 1 e o satélite retransmissor óptico de dados”. O lançamento foi realizado a partir do Centro Espacial Tanegashima, no sul do Japão.

O equipamento, que faz parte do satélite Japan Data Relay System (JDRS, na sigla em inglês), está programado para uma missão de 10 anos e estará em pontos estratégicos de observação para várias finalidades.

Reprodução

Sistema a laser possibilita comunicação de alta velocidade no espaço. Créditos: Marko Aliaksandr/Shutterstock

Sistema a laser

O objetivo do lançamento do Lucas é se conectar a satélites em órbita baixa da Terra por meio de um laser infravermelho. A tecnologia possibilitará a comunicação em alta velocidade e enviará informações a 1,8 gigabytes por segundo. Este número é sete vezes mais rápido do que o padrão atual de envio de dados. Cabe destacar que, atualmente, um sistema via rádio é utilizado na maioria dos equipamentos desta natureza, sendo o Lucas totalmente inovador neste sentido.

De acordo com o Space Flight Now, este lançamento não foi excepcionalmente transmitido, provavelmente devido à tecnologia incomum para satélites. Ainda cabe frisar que o país asiático também não divulgou a posição exata da operação do Lucas em órbita geoestacionária.

Sobre as vantagens do sistema, a maior velocidade neste processo é fundamental, visto que os satélites de baixa órbita monitoram o aquecimento global, bem como oferecem assistência na resposta de desastres naturais, como furacões.

Via: Space

Colaboração para o Olhar Digital

Leticia Riente é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital