Em um artigo publicado na revista Nature, pesquisadores da Northwestern University dos EUA e da Universidade Politécnica de Hong Kong descreveram a criação de um material de múltiplas camadas que incorpora chips e sensores para que os usuários possam sentir objetos enquanto usam realidade virtual.

A ideia é criar uma espécie de “segunda pele” para que usuários possam ter sensações de tocar coisas enquanto estão em ambientes virtuais. O objetivo é transformar o toque realizado virtualmente em vibrações mecânicas que são aplicadas à pele.

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O material é sem fio e não requer nenhum tipo de conexão. Seu carregamento utiliza o sistema de indução, bastante popular atualmente em smartphones. Porém, por enquanto, a tecnologia é transmitida apenas ao tocar áreas específicas, mas os pesquisadores querem expandir a tecnologia em breve.

O objetivo do projeto é permitir que pessoas se comuniquem fisicamente mesmo estando distantes. Como exemplo, foi apresentada a situação em que um pai ou mãe podem “abraçar” o filho durante uma vídeo-chamada enquanto ele viaja para outro país.

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A tecnologia também pode permitir que os jogos em realidade virtual se tornem mais realistas. Sentir o que o personagem está sentindo pode ser interessante – ou não. A indústria da tecnologia tem sofrido muitas críticas devido ao fracasso da realidade virtual em realizar todo o seu potencial. Talvez adicionar um senso de toque possa ajudar.

Esses pesquisadores não são o único grupo a tentar recriar esse tipo de material. No mês passado, pesquisadores do instituto Federal Suíço de Tecnologia publicaram um artigo na revista Soft Robotics descrevendo como eles criaram uma pele artificial de 500 nanômetros de espessura, capaz de fornecer feedback háptico em tempo real para permitir que usuários toquem objetos em mundos virtuais.

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Via: Technology Review