O Google e o Facebook são duas companhias que juntas representam uma imensa parte da internet. Ambas as empresas construíram impérios tão sólidos que a coexistência com serviços semelhantes acaba sendo impossível.

Levando isso em consideração, 50 procuradores-gerais dos Estados Unidos se uniram para investigar supostas práticas monopolistas atribuídas ao Google e ao Facebook

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Para que a iniciativa fosse tomada, os responsáveis pela investigação informaram que, segundo o ponto de vista deles, o Google acabou com a competição e o livre mercado em algumas áreas de atuação de seus produtos. Essa prática têm sido a responsável por aumentar os preços de alguns produtos e prejudicar consumidores.

Na última sexta-feira (6), poucos dias antes do Google começar a ser investigado, Letitia James, procuradora-geral de Nova York, informou que iniciou uma investigação que tem como alvo o Facebook. A procuradora vai analisar o domínio que a rede social de Mark Zuckerberg exerce sobre a indústria e sobre a sua “potencial conduta anticompetitiva“. Outros sete procuradores-gerais americanos participam do processo.

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Um bom exemplo de que o Facebook usa seu poder para evitar que um novo concorrente tome o seu lugar aconteceu com o Snapchat. A empresa de Mark Zuckerberg tentou comprar a rede social de compartilhamento de pequenas fotos e vídeos em 2013, porém, a transação não deu certo. Com a migração dos jovens para a nova rede social, o Facebook implementou o mesmo recurso (os famosos Stories) em seus principais produtos (Facebook, WhatsApp e Instagram) para atrair os usuários de volta para as suas plataformas.

“Vamos usar cada ferramenta investigativa à nossa disposição para determinar se as ações do Facebook podem ter colocado em perigo os dados de consumidores, reduzindo a qualidade de suas escolhas ou aumentado o preço para se fazer publicidade”, declarou Letitia em um comunicado.

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Investigações fora dos EUA

Além dos EUA, as empresas estão sob investigação em outras partes do mundo. O Google já foi multado três vezes pela União Europeia. Duas das multas têm relação com seu serviço de buscas e a outra pelo favoritismo que o Android dava aos aplicativos da empresa. Com isso, hoje em dia, os europeus podem escolher qual buscador eles preferem utilizar em seus smartphones.

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O Facebook, por sua vez, fez um acordo com a Federal Trade Comission (FTC), agência reguladora do comércio nos EUA, para pagar uma multa de US$ 5 bilhões (aproximadamente R$ 20 bilhões) por conta do escândalo da Cambridge Analytica.

Para evitar todas essas investigações, há quem argumente que o melhor neste momento seria dividir essas gigantes da tecnologia em empresas menores, o que tornaria o mercado mais competitivo – Steve Wozniak, cofundador da Apple, disse que sua empresa também deveria ter se dividido há tempos, mas por razões um pouco diferentes.

Parece bastante improvável que essas mudanças estruturais ocorram. As multas milionárias aplicadas às duas empresas serão absorvidas sem causar grandes problemas para o Google e Facebook devido aos lucros gerados diariamente.

Via: Uol