Suicídios, homicídios, agressões e outros tipos de crimes: essas são algumas das coisas que você pode encontrar enquanto navega pelos vídeos ao vivo do Facebook. A rede social sabe desse problema, e seu CEO, Mark Zuckerberg, anunciou que pretende contratar três mil novos funcionários para ajudar a resolver o problema.

O anúncio de Zuckerberg foi feito hoje por meio de seu próprio perfil na rede social. Segundo ele, os 3.000 novos funcionáriso encarregados de revisar conteúdos potencialmente violentos ou ofensivos se somarão a outros 4.500 trabalhadores que já fazem esse serviço. “Esses revisores também nos ajudarão a remover com cada vez mais eficiência conteúdos que não permitimos no Facebook como discursos de ódio e exploração infantil”, disse. O post de Zuckerberg pode ser visto abaixo:

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Ainda segundo o CEO do Facebook, a rede social também vai simplificar o processo de denunciar posts e tornar mais fácil para que seus revisores entrem em contato com autoridades locais caso seja necessário. Esse contato dos revisores com as autoridades já ajudou a rede social a prevenir o suicídio de um jovem em Santa Catarina, por exemplo.

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Problema sério

Esse pode ser um passo importante no esforço do Facebook para tornar sua plataforma menos tóxica. Conteúdos como suicídios transmitidos ao vivo, transmissões de assaltos e agressões continuam sendo tristemente comuns na rede social – e ela já se mostrou pouco capaz de lidar com esses problemas de maneira eficiente.

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Por outro lado, o Facebook já deu demonstrações de lidar muito mal com denúncias de conteúdos violentos postados em sua plataforma. Um grupo de jornalistas da BBC que trouxe à luz uma série de grupos que compartilhavam pornografia infantil na rede social, por exemplo, foi denunciado à polícia pela rede social quando compartilhou seus achados com a empresa para tentar ajudar na investigação.

Há também questões trabalhistas envolvidas. Como se pode imaginar, revisar vídeos e imagens potencialmente violentos não é um trabalho fácil, e pode deixar sequelas psicológicas bastante profundas. Dois ex-funcionários da Microsoft que faziam esse trabalho, por exemplo, processaram a empresa no começo do ano por nengligenciar sua saúde mental.