A Rússia continua na corrida pela vacina contra o novo coronavírus. Há duas semanas, o país havia anunciado a eficácia de 92% de sua dose, a Sputnik-V, mas novas análises mostram que a vacina pode ultrapassar 95% de eficácia.
Para a nova análise, foram considerados dados de 18.794 voluntários vacinados. Deste total, 14.095 pessoas receberam ambas as doses, sendo que as outras 4.699 receberam apenas placebo. Desta maneira, entre os vacinados, houve a incidência de oito casos da doença, sete dias após a aplicação da segunda dose. Já entre os não vacinados, houve 31 infecções por Covid-19 no mesmo período. O número pode ser alcançado 21 dias após a segunda aplicação da dose e 42 dias após a primeira.
A Rússia afirma que possui capacidade de produzir um bilhão de doses, o que, neste caso, seria o suficiente para imunizar 500 milhões de pessoas, já que cada pessoa precisa duas doses. Em relação à logística, a Sputnik-V assemelha-se à vacina de Oxford, que precisa ficar armazenada a uma temperatura de 2°C a 8°C.
Apesar da divulgação da eficácia da vacina, os dados são preliminares e ainda não foram publicados em revistas científicas.