Funcionários dos Correios decretaram greve em todo o Brasil por tempo indeterminado ontem. Eles dizem que o movimento é contra a retirada de direitos dos trabalhadores e a privatização da estatal, bem como em protesto à negligência da companhia com a saúde dos trabalhadores na pandemia do novo coronavírus.
De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares, foram cortados benefícios como licença-maternidade de 180 dias, auxílio creche, vale alimentação e auxílio para filhos com necessidades especiais. Os grevistas reclamam, ainda, do aumento da participação dos trabalhadores no pagamento do plano de saúde.
Os empregados dizem que tentam dialogar com a direção dos Correios desde o início de julho. A empresa se negar a negociar e, agora, a categoria foi surpreendida com a revogação do atual Acordo Coletivo que estaria em vigência até 2021.
Os Correios divulgaram nota em resposta à paralisação. A empresa diz que a proposta de revisão dos benefícios é amparada pela Consolidação das Leis do Trabalho e por outras legislações. Em relação à pandemia de covid-19, a companhia afirma que tem conseguido conciliar a segurança dos trabalhadores com a manutenção das atividades comerciais.