O motivo do atraso na divulgação dos resultados do primeiro turno das eleições municipais, no último domingo (15), envolve tecnologia e a pandemia da Covid-19.

Um contrato do TSE foi fechado com a Oracle em março de 2020, sem licitação, no valor de R$ 26,2 milhões. A empresa deveria fornecer o supercomputador Exodatta X8, usado na contagem de votos, no mês de junho. A tecnologia só foi entregue em agosto, o que impediu a justiça eleitoral de realizar todos os testes antes de colocá-la em prática.

Esse atraso se deu por conta da pandemia. No horário previsto para começar a apuração dos votos, às 17h, o algoritmo de machine learning do computador foi sobrecarregado com o volume de dados. Ele basicamente travou e precisou ser reiniciado.

A partir disso, a contagem de votos começou a ser feita de maneira regular. O atraso, segundo o TSE, foi de duas horas no fechamento da contagem em relação à eleição de 2018. Em São Paulo, por exemplo, a contagem foi finalizada antes da meia-noite do último domingo.