A Boeing cobrou à parte das companhias aéreas por dois recursos de segurança que poderiam ter sido capazes de detectar antecipadamente falhas do sistema de sustentação dos aviões 737 Max 8. As ferramentas adicionais forneceriam verificações dos dados coletados pelos sensores de estabilização dos aviões e poderiam ter alertado os pilotos sobre possíveis problemas. Investigadores acreditam que dados defeituosos sobre a posição da aeronave, coletados pelos sensores desse sistema, podem ter causado o mau funcionamento do seu software. Não está claro se os dois recursos de segurança adicionais teriam evitado os acidentes. O modelo caiu em dois acidentes fatais, o primeiro na Indonésia, em 29 de outubro de 2018, que matou 189 pessoas e a segunda queda na Etiópia, no dia 11 de março, que matou 157 pessoas. E diante das quedas, muitas companhias áreas ao redor do mundo suspenderam os voos com o 737 Max 8. A Boeing informou nesta quinta-feira, que vai adicionar, sem cobrança de taxa extra, esses dispositivos no modelo padrão.
Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital