Depois de registrar sua candidata a vacina contra a covid-19 semana passada, a Rússia hoje deu mais alguns detalhes sobre ela. Segundo os pesquisadores, a expectativa é que a fórmula possa produzir imunidade contra a doença por dois anos com duas doses.

O composto usa a técnica de vetor viral de adenovírus. O mesmo conceito é aplicado nas candidatas a vacina desenvolvidas pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, e pela farmacêutica chinesa CanSino.

A Rússia confirmou, ainda, que os testes clínicos da fase 3 começarão na próxima semana. Serão 40 mil participantes em 45 centros de pesquisa de todo o país. A vacinação em massa no país está prevista para começar em outubro, ou seja, deve ocorrer simultaneamente aos testes.

Segundo Kirill Dmitriev, diretor do Fundo de Investimento Direto Russo, os estudos serão publicados em uma revista científica até o fim do mês. Isso vai permitir que a comunidade científica analise os resultados da pesquisa. A Rússia já fechou uma parceria com o governo do Paraná para teste e fabricação da substância no Brasil.