A Empresa Metropolitana de Águas e Energia, a Emae, instalou na represa Billings, na cidade de São Paulo, uma usina fotovoltaica flutuante em fevereiro. A ideia é testar a viabilidade da tecnologia nesse tipo de ambiente. A depender do resultado, pode ser possível proporcionar geração de energia elétrica a partir de fontes sustentáveis.
O projeto ainda está em testes, que vão durar ao todo 90 dias. Se a experiência for positiva, novas usinas como essa devem ser instalada na própria Billings e na represa de Guarapiranga.
Para os testes, foi feita uma parceria com a Sunlution Soluções em Energia. O investimento total no projeto foi de cerca de 450 mil reais.
Muitos podem se perguntar quais são as reais vantagens de se instalar painéis solares na água, não no solo. Uma das principais diferenças está na logística, já que para instalá-los no solo é necessário enfrentar a concorrência do setor agrícola, que muitas vezes ocupa aquele espaço.
Além disso, a usina fotovoltaica flutuante conta com a água para auxiliar no processo de manutenção dos painéis. E isso é essencial, porque eles exigem cuidados especiais.
A evolução tecnológica permite que os painéis solares funcionem cada vez melhor, tanto para a captação de energia quanto para instalação em diferentes lugares. É ela que possibilita encontrar fontes alternativas e sustentáveis para a geração de energia elétrica.
O projeto tem 100 KW de potência, o que é suficiente para produzir energia para cerca de 400 habitantes. Já existe uma usina desse tipo no reservatório da Usina Hidrelétrica de Sobradinho, na Bahia. Foi inaugurada em agosto do ano passado.
O empreendimento ocupa uma área de mil metros quadrados do reservatório Billings próximo à usina elevatória de Pedreira. O prazo de 90 dias pode parecer extenso, mas é o tempo ideal para concluir se o projeto pode, ou não, ser levado adiante.
Se for de fato viável, as represas terão mais um uso. Sem contar que contribuirão para desenvolver a tecnologia de geração fotovoltaica de maneira mais sustentável.