Programação passa a ser diferencial em múltiplas áreas do mercado de trabalho

Roseli Andrion23/05/2020 18h19, atualizada em 23/05/2020 22h00

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A necessidade de um segundo idioma é praticamente indispensável para que o profissional se mantenha competitivo no atual mercado de trabalho. Seja qual for a área de atuação. E isso não é de hoje. Se você não fala inglês ou espanhol, pode ter certeza: seu currículo vai ficar ali, separado em um segundo bloco. A novidade é que está chegando a hora de se preparar para aprender mais uma linguagem: programação, é o idioma da inovação. E promete se tornar habilidade básica do profissional do futuro. Ou até já do presente…

Claro, isso não quer dizer que todos se tornarão programadores no futuro. Nada disso. Mas com maior conhecimento em tecnologia e até na habilidade em escrever códigos, o profissional evolui e ganha credibilidade na hora de opinar ou até tomar decisões estratégicas. E já tem muito país ligado nessa tendência há algum tempo. Em 2014, o Reino Unido alterou o currículo nacional. Lá, aprender a programar é matéria obrigatória nas escolas estaduais. Os ingleses acreditam que sem habilidades básicas de codificação, a próxima geração vai enfrentar desafios enormes para se tornar líderes de negócios no futuro.

No Japão, a Rakuten, uma gigante do comércio eletrônico, decidiu recentemente que todos os novos funcionários da empresa, independente da área de atuação, vão ter que aprender a programar. E a própria empresa vai ensinar…

“O mundo está mudando. e vai ser muito diferente daqui 5, 10 anos. Por isso, é importante que todos entendam sobre inteligência artificial, sobre dados…e também como utilizar tudo isso. a barreira entre negócios e tecnologia está desaparecendo. queremos que nossos funcionários tenham fortes habilidades em ambos para que eles possam contribuir para o crescimento da empresa”, diz Melissa Kuwahara, gerente sênior de RH da Rakuten.

“Se o profissional tem disponibilidade para aprender uma linguagem nova, esse é o profissional que vai continuar tendo sucesso…mais sucesso no futuro”, completa Ricardo Haag, diretor executivo da Pagegroup Brasil.

É uma questão competitiva. Ninguém quer ficar para trás ou parar no tempo. Se no passado cada departamento ficava em uma ala diferente da empresa, hoje é preciso estar totalmente conectado e integrado. Entre si e também com a tecnologia. Mas não se preocupem as equipes de TI vão continuar lá, sempre fortes para codificar e criar novas soluções. Mas aprender nunca é demais, não é mesmo, e adquirir habilidades tecnológicas significa crescer profissionalmente. Vale pra todo mundo!

“Se conhecer de tecnologia, da ferramenta, parte deste profissional uma sugestão de mudança de processo, de sistema, da própria ferramenta. E vale para o pessoal do RH, de marketing ou de vendas. A tecnologia é a pauta de todas as empresas e eu não tenho dúvidas”, diz Haag.

A tecnologia é parte da empresa. Está tudo mundo junto, não mais separado. Uns vendem, outros operam, mas hoje todo mundo tem que entender de tudo, aponta André Pontual, COO da NoBeta Mídia.

A tecnologia está no DNA desta empresa de mídia digital localizada em São Paulo. E aqui já é assim: todo mundo precisa entender um mínimo de bits e bytes – do estagiário ao diretor.

E quem é especialista na área defende, que, aprender a codificar também melhora a capacidade de trabalhar de forma colaborativa. Se hoje inovar é palavra de ordem para uma empresa se manter competitiva, ensinar os funcionários a codificar é mudar sua mentalidade e, assim, possibilitar uma nova cultura corporativa.

Pode apostar. Não importa se você trabalha com vendas, finanças ou marketing, certamente, mais cedo ou mais tarde, você vai precisar programar. Então, bem vindo ao futuro!

Colaboração para o Olhar Digital

Roseli Andrion é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital