Mais um capítulo acaba de ser adicionado à novela da disputa entre a Epic Games e a Apple. Hoje, a Epic Games, em parceria com o Spotify e o Tinder, anunciou a organização sem fins lucrativos “Coalition for App Fairness”, a “Coalizão pela Justiça dos Apps”.

A entidade acusa a Apple de inibir a criação de um ambiente de inovação porque a App Store tem práticas antiéticas. Ela menciona, entre outros fatores, a taxa de 15% a 30% que a marca recolhe das receitas de softwares hospedados pela loja virtual.

A argumentação é reforçada quando se analisa, por exemplo, a situação do Spotify e de outras plataformas de streaming musical. Enquanto esses serviços pagam a taxa à Apple, o Apple Music é isento da cobrança. E a coalizão ainda acusa a marca da maçã de roubar ideias de competidores ao mesmo tempo em que limita a liberdade do consumidor, já que exerce controle rígido do ecossistema da loja.

Além da Epic Games, o Spotify e o Tinder também já brigaram com a Apple sobre as práticas da App Store. Em junho de 2019, o Spotify reclamou na Corte Europeia sobre o lançamento do Apple Music. No mesmo mês, uma comissão abriu uma investigação antitruste contra a Apple e ela segue em análise.

Já o Match Group, dono do Tinder e de outras plataformas de paquera virtual, emitiu um comunicado para criticar a cobrança de taxas pela App Store. Nenhuma das duas, porém, foi expulsa da loja virtual. Isso porque, no caso da Epic Games, a Apple alega violação dos termos de uso. Em relação à coalizão, a companhia não comentou.