Em setembro, a rede de laboratórios Fleury anunciou o lançamento da plataforma Saúde ID. O sistema é um marketplace que pretende reunir resultados de exames e informações correlatas para facilitar o acesso dos usuários a serviços médicos.
Só que os dados coletados pela plataforma são descritos como sensíveis pela legislação. Isso levou a uma notificação com base na Lei Geral de Proteção de Dados, a LGPD, feita pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, o Idec.
A instituição pede que o Fleury informe como vai tratar e proteger as informações obtidas. Segundo o Idec, um possível vazamento desses dados ou seu uso indevido seria prejudicial aos usuários.
Outras propostas do marketplace são a venda de medicamentos e alimentos saudáveis e o uso de algoritmos para medicina preventiva. O Idec questiona o que o grupo entende por alimentação saudável e como as informações dos pacientes serão utilizados na venda de remédios.
Em nota enviada ao Olhar Digital, a diretora de Proteção de Dados do Grupo Fleury, Andrea Bocabello, afirma que a rede “tem como princípio a administração responsável dos dados, seguindo as disposições da LGPD e o rigoroso cumprimento do sigilo médico”. Além disso, a empresa garante que vai armazenar apenas as informações autorizadas pelos usuários.