A fronteira dos Estados Unidos é um espaço onde a lei existe, em grande parte, para favorecer os oficiais da imigração, ao invés dos viajantes. Em casos mais recentes, as autoridades do local têm barrado imigrantes na fronteira por causa do conteúdo em seus telefones ou por causa de atividades em redes sociais, como Instagram, Facebook e WhatsApp. Ismail Ajjawi, de 17 anos, teve seu celular e computador revistados por oficiais no Aeroporto Internacional de Boston Logan. O jovem palestino estava chegando para o seu primeiro ano de estudos em Harvard, porém foi barrado e deportado. As autoridades presentes alegaram que não concordaram com as atividades dos amigos do estudante nas redes sociais. No ano passado, a Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA pesquisou dados em 30 mil dispositivos de viajantes – quatro vezes mais desde 2015 – sem qualquer necessidade de suspeita razoável. Para complicar as coisas, a administração Trump, em junho, começou a exigir que os estrangeiros que solicitam vistos para os EUA divulguem seus respectivos perfis de redes sociais. É esperado que cerca de 15 milhões sejam excluídos sob a nova regra.
Redação é colaborador(a) no Olhar Digital