As empresas de tecnologia, cujos produtos são globais, lucram há anos com a possibilidade de registrar suas operações em países mais camaradas nas alíquotas de impostos. E todas as gigantes estão nessa: Amazon, Google, Apple, Microsoft, Facebook – além de outras – todas se beneficiam da manobra. Elas escolhem um país com taxas mais baixas, vendem seus produtos mundo afora e acabam embolsando lucros gigantescos. Agora, o G20 – grupo que reúne as vinte maiores economias do planeta – finalmente chegou a um consenso para combater a distorção. Ficou estabelecido que as empresas pagarão impostos de acordo com o local em que elas vendem seus produtos, e não mais com o país em que elas estão registradas. Além disso, ficou acertada a criação de uma alíquota mínima – que será idêntica para todos esses países. Ou seja, mesmo que a empresa opte por ter sua sede fora de uma das maiores economias, ainda assim ela se verá obrigada a pagar uma alíquota mínima de imposto se quiser fazer negócios em um dos países do G20. Ainda não há prazo certo para as medidas entrarem em vigor. Espera-se que até o final do ano que vem o conjunto de regras esteja definido para que, a partir daí, os impostos comecem a ser efetivamente cobrados.
Redação é colaborador(a) no Olhar Digital