A moeda virtual foi batizada de Libra. Mas, na verdade, ela não é uma moeda virtual do Facebook. A Libra foi criada por uma associação sem fins lucrativos baseada na Suíca – e o Facebook é um dos membros dessa associação, em que tem a companhia de várias outras empresas, como Mastercard, Visa, Uber e até o Mercado Pago, ligado ao Mercado Livre. O que o Facebook vai fazer é criar uma nova empresa chamada Calibra – e essa empresa vai, por sua vez, vai responder por carteiras virtuais que serão usadas, por exemplo, pelo WhatsApp. A moeda dessas carteiras virtuais será a Libra. Para tentar esclarecer o esquema meio confuso. Na prática, o Facebook quer usar uma moeda virtual à lá Bitcoin em suas operações. Só que, talvez, pouca gente confiasse numa moeda criada pela turma de Mark Zuckerberg. Assim, a rede social se juntou a essa associação, como parte de um grupo de empresas, e essa associação é que vai responder pela moeda – teoricamente aumentando a credibilidade do negócio. Aí, o Facebook – e também outras empresas que fazem parte da associação – vão usar essa moeda para oferecer serviços como pagamentos e transferência de valores para os usuários. O Facebook já avisou que espera começar a oferecer essas possiblidades no WhatsApp e também no Messenger a partir do ano que vem, seguindo o mesmo modelo de negócio que impulsiona o equivalente do WhatsApp na China, o Wechat.
Redação é colaborador(a) no Olhar Digital