Depois de entender que tudo que é grátis na internet tem um preço. E que suas informações pessoais são a moeda de troca para usar serviços ditos “gratuitos” como Google, Facebook e afins, é importante estar ciente do que isso realmente significa; o lado bom e ruim de toda essa história de coleta e uso das nossas informações pessoais.
Não existe segredo. Tudo o que a gente faz online (lembrando que nosso smartphone está quase sempre conectado à rede celular) é monitorado! Nossas informações são coletadas de duas formas: os dados documentais, como número do CPF e outros registros e que nos identificam como seres humanos; e também os comportamentais, que deixamos a cada clique, cada curtida, cada navegação ou registro de localização. São duas informações distintas que, seguindo a ética e boas práticas das empresas de publicidade, não devem ser combinadas.
O problema é que um lado negro dessa coleta de informações não está nem aí pra isso. Além de captar nossos dados de forma ilegal, faz essa combinação entre comportamento e documentos para identificar o usuário e, claro, vende essas informações.
Grandes players como Google e Facebook investem para aprimorar seus mecanismos e oferecem funções para que o usuário entenda tudo o que a empresa coleta, guarda e sabe sobre ele. Em alguns casos, já está disponível a possibilidade de controlar e até restringir ou apagar o que está armazenado ali para que não seja mais usado. O recente escândalo do vazamento de dados de milhares de usuários do Facebook aumentou a discussão e outras instituições também discutem a política de dados pessoais para que haja mais transparência para o usuário. Ainda que a utilização dos dados dos consumidores seja normal e aceita na publicidade há muito tempo, ainda tem muita gente que não faz a mínima noção de como isso acontece…
No Brasil não existe uma lei específica, mas alguns projetos sobre a proteção de dados pessoais estão em discussão. A ideia principal é uma só; que o usuário tenha controle sobre sua própria informação, saiba o que é coletado e para que fim será utilizado.
Do outro lado dessa história, tentando se adequar às novas regras, a indústria da publicidade não pode ser vista como vilã – pelo menos a parte que joga limpo – afinal, ela depende dessa coleta de informações para oferecer anúncios mais relevantes e ser competitiva no mercado.