Certamente você já ouviu falar em alguma dessas coisas – verdadeiros mitos populares. Será que funciona mesmo colocar o celular em um pote de arroz se o aparelho cair na água? E a pasta de dente tira riscos da tela? E a bateria, vicia? São muitas dúvidas ainda. Para nos ajudar a responder os mitos mais famosos sobre smartphones, fomos conversar com uma especialista em manutenção de celulares para tirar todas essas dúvidas e nos ajudar a criar um guia de socorros para o seu tão querido celular.

Vamos começar com o arroz. Ele sempre chega primeiro. Se o seu celular já caiu na água – seja na privada ou na piscina – provavelmente alguém apareceu com essa ideia: “rápido, coloca o aparelho em um pote com arroz que ele seca”. Muita gente aqui já fez isso e não dá nem para tirar sarro. Na hora do desespero, qualquer coisa vale para tentar salvar o celular. Mas este é só mais um mito! Sim, o arroz possui propriedade absorvente, mas não o suficiente para secar e salvar um smartphone encharcado.

Se o seu telefone mergulhar e, claro, não for à prova d’água, a primeira coisa a fazer (ou melhor não fazer) é tentar ligar o telefone. Não coloque o aparelho na tomada também. Caiu na água? Deixe o telefone desligado e procure uma assistência técnica; é o melhor a fazer. Arroz não resolve!

Para um caso menos desesperador, outro grande mito é o uso de pasta de dente para tentar tirar riscos da tela. Seria ótimo se fosse fácil assim. Mas não é! A única coisa que a pasta faz é deixar uma meleca no seu aparelho um cheirinho de dentista…

Uma troca de tela, dependendo do modelo do smartphone, custa entre 250 e 700 reais. É um prejuízo, claro. Mas o valor ainda é 50% menor do que o custo de uma tela nova. Para evitar esse tipo de desastre, o melhor mesmo é escolher uma película protetora – custa muuuito menos!

Por falar em tela, esta informação não é mito, não! Usar o smarphone com a tela trincada ou rachada pode, sim, prejudicar o funcionamento do aparelho. Muita gente costuma continuar usando o telefone normalmente com a tela rachada. O celular continua funcionando normalmente se o “touch” – a parte sensível ao toque da tela – não tiver sido prejudicada. Mas a indicação é não usar o aparelho com a tela rachada… acredite, as coisas podem ficar muito piores do que já estão…

Aí a dor no bolso é muito maior! Se a troca de vidro custa entre 250 e 700 reais; substituir o LCD, a tela do aparelho, sai a partir de 700, podendo chegar até 1600 reais.

Mas as principais dúvidas ainda são sobre o funcionamento das baterias. Bateria vicia?! Mito! Isso acontecia com as antigas baterias de níquel, não mais hoje com as de íon de lítio. Fica tranquilo, pode carregar seu celular quando você quiser. O mesmo motivo derruba outro mito; de que a bateria precisa ser usada até o final para ser recarregada. Nada disso, as baterias atuais não precisam cumprir esses ciclos completos de carga e descarga. Aliás, outra dúvida é se o telefone precisa ser retirado da tomada quando a bateria atingir os 100%…aí depende.

Deixar o celular na tomada depois de completamente carregado não compromete o aparelho desde que você esteja usando o carregador original do telefone ou algum outro de boa procedência. Carregadores piratas ou de má qualidade não identificam quando a bateria atinge os 100% e continuam passando corrente para o aparelho. Isso, sim, é perigoso!

Por último, em pleno verão, é comum ver muita gente resfriando o celular na ventoinha do ar condicionado do carro. Será que isso é bom?! Isso, sim, é verdade! O resfriamento forçado reduz a velocidade das reações químicas da bateria. Isso não significa que a bateria vai durar mais aquele dia, mas que certamente, a vida útil do seu smartphone será prolongada…aproveite!