Se você tem menos de 25 anos, provavelmente não conheceu a simpática Rosie, a robô do desenho “Os Jetsons”, criada mais de 50 anos atrás.
Da telinha para os laboratórios de robótica desta faculdade, esta é a Judith – um robô autônomo e inteligente capaz de executar tarefas domésticas e ajudar pessoas com mobilidade reduzida. Ela só perde para a Rosie em simpatia, mas algumas funcionalidades são bem parecidas. Com sensores laser, ultrassons e câmeras 3D, o robô criado pelos alunos de engenharia reconhece ambientes, pessoas e objetos. Uma solução de reconhecimento facial embarcada na Judith permite até que ela identifique as expressões e emoções das pessoas com as quais interage.
A Judith ainda não serve café da manhã na cama, mas a pinça mecânica articulada permite que o robô abra portas, carregue objetos pequenos e até imite movimentos dos seres humanos. Todos os comandos para a Judith são feitos através da voz.
Com cara de aspirador de pó – ou cortador de grama se você preferir – outro robô desenvolvido para facilitar a mobilidade de pessoas com deficiência visual é a Lysa, uma espécie de cão-guia robô. O funcionamento é bastante simples: sensores ultrassônicos e infravermelho de proximidade fazem com que, ao caminhar, o robô identifique qualquer obstáculo ao seu redor e avise o usuário com antecedência.
Esta é a primeira versão da Lysa, que deve ser aprimorada a partir do feedback dos seus usuários. Como toda tecnologia assistiva, o robozinho é caro: custa quase 10 mil reais; ainda assim, cinco vezes menos que um cão guia. No Brasil, esses incríveis cães chegam a custar até 50 mil reais. Dá para acreditar?!…. Voltando ao cão cibernético, ele tem bateria interna de íons de lítio – igual às dos nossos celulare. Isso garante cerca de oito horas antes do robô-cão voltar à tomada; suficiente para um bom passeio. Uma próxima edição do cão-guia robô já está em fase de teste para que o deficiente visual tenha acesso a um projeto de mapeamento indoor em shoppings e outros estabelecimentos.
O mais legal dessas duas soluções é que tanto a Judith quando a Lysa foram totalmente desenvolvidas no Brasil, por mentes nacionais. Ainda que o país não esteja na vanguarda da robótica – se a gente olhar lá para fora, já há robôs que fazem coisas incríveis –, soluções como essas mostram que a gente também está no caminho de um futuro compartilhado harmonicamente entre humanos e máquinas.