Infelizmente, a tragédia se repetiu. Primeiro em Mariana, três anos atrás, agora em Brumadinho, as duas em Minas Gerais. O desastre é imensurável e ninguém, em sã consciência, poderia sequer imaginar ver isso de novo. Centenas de vidas perdidas e, o mais triste dessa história terrível é saber que já existem tecnologias que poderiam ter previsto o rompimento da barragem e até alertado com maior antecedência os responsáveis e, principalmente, muitas das pessoas que foram engolidas pelo tsunami de lama.
A barragem de Brumadinho é antiga, foi construída em 1976. O que se sabe até agora é que a construção de barragens no Brasil deve seguir uma norma restrita de segurança máxima. Para o projeto ser aprovado é levado em conta a atividade fim, deve passar pelas mãos de dois profissionais técnicos e é o único tipo de construção que necessita do uso de sismógrafos para analisar possíveis tremores e movimentações de solo. ¿Mas o que explica então as tragédias em Minas Gerais: em Mariana e Brumadinho?
É … e tecnologia não falta como opção na hora de planejar o monitoramento das barragens ou de qualquer outra construção de grande porte. Câmeras conectadas, inclusive com inteligência artificial, são capazes de monitorar qualquer local com precisão milimétrica, e gerar uma análise inteligente de imagens em tempo real. Esse tipo de tecnologia poderia ter sido usada para soar um alarme e ajudar as pessoas mais próximas a escapar da tragédia. Além disso, existem sensores de movimento que avisam qualquer alteração de estrutura ou estresse causado por eventos naturais, como chuvas fortes por exemplo.
Mas o que há de mais moderno, inclusive sendo desenvolvido por algumas startups brasileiras, são algoritmos de predição, que combinam os sinais dos diferentes sensores instalados nas barragens, para oferecer em tempo real, uma visão geral da construção com capacidade até… de prever o futuro.
Mas, ao que tudo indica, nenhuma dessas tecnologias estavam sendo usadas para prever um desastre como este”.