Tem muito amigo espertinho por aí que vai perder uma boquinha. Aquele velho golpe do “puxa, esqueci a carteira, hoje a conta é sua”, já não cola mais … não é mesmo?. Por incrível que pareça, o Brasil está na vanguarda das novas tecnologias de pagamento. A falta da carteira já não é mais desculpa. Opção para pagar a conta é o que não falta por aqui: dos novos cartões com tecnologia de pagamento por aproximação, passando por aplicativos e carteiras digitais no smartphone até pulseiras, relógios e anéis.
O brasileiro se adaptou rápido e gostou da comodidade que a tecnologia de pagamento oferece. Um levantamento de uma das maiores bandeiras de cartão de crédito mostra que o uso do smartphone para pagamento através da simples aproximação do celular da maquininha de cartões cresceu mais de 430% no primeiro trimestre de 2018 quando comparado ao mesmo período em 2017. Três plataformas oferecem essa facilidade por aqui: Apple Pay, Google Pay e Samsung Pay. Com esses aplicativos, qualquer smartphone pode substituir definitivamente o cartão de crédito.
Outro dado animador é que mais de 80% das maquininhas de cartão já têm a tecnologia necessária para aceitar o pagamento por aproximação. No celular, o único requisito para que o dispositivo possa fazer as vezes do cartão, é que ele tenha a tecnologia NFC; do inglês “Near Field Communication” – ou Comunicação por Proximidade. A maioria dos novos aparelhos já tem o recurso é tudo muito rápido e com bastante segurança.
Usando a mesma tecnologia NFC e um micro cartão embutido, alguns bancos oferecem formas bem mais inusitadas de pagar: seja através de uma pulseira, um relógio ou até um anel. O cartãozinho embutido no acessório funciona no sistema “pré-pago”. Ou seja, você adiciona um crédito para ser usado na pulseira, por exemplo, e vai pagando as compras assim, por aproximação, na mesma maquininha do cartão de crédito. Quando o valor acabar, basta recarregar novamente para voltar a usar o acessório.
Outra forma de pagar a conta usando o celular é através da leitura de QR Codes – códigos bidimensionais como este. A imagem funciona como uma representação gráfica do comércio. Neste caso, para pagar o consumidor só precisa abrir o aplicativo do banco ou carteira digital que usa, ler o QR Code no caixa, confirmar e pronto. Neste caso, o usuário precisa de uma conexão com a internet móvel tanto para ler o código quanto para validar a compra e escolher o meio que vai usar para efetuar o pagamento; seja no débito, direto na conta corrente que deve ser previamente cadastrada – ou um cartão de crédito adicionado ao serviço.
Mas ainda existem aquelas pessas que ficam com o pé atrás com essas novas formas de pagamento, – o que é compreensível – principalmente quando o assunto é dinheiro. Pra esse público existe uma tecnologia de nome complexo, mas garante que os dados do cartão não sejam interceptados ou roubados no meio de uma transação: é a tokenização; mesmo recurso usado, por exemplo, quando a gente acessa o banco pela internet e precisa digitar aquele código extra além da nossa senha. O papel da tokenização é impedir que algum bisbilhoteiro consiga capturar dados bancários enquanto eles transitam entre máquinas. Para isso, o sistema usa a criptografia e codifica os dados antes que eles saiam do celular, e só os traduz de volta quando eles chegam nas maquininhas. Tudo de forma automática, em questão de milésimos de segundo e totalmente transparente para o usuário.
E o bom e velho cartão?! O método de pagamento mais utilizado no Brasil também evoluiu. Além do chip, alguns modelos mais novos trazem agora também a tecnologia NFC embarcada no plástico. Assim, já não é mais necessário colocar o cartão na máquina. Para valores até 50 reais, basta aproximar o cartão, esperar a confirmação e tchau, não precisa nem mais digitar senha nenhuma. Tudo pela comodidade…