Com biometria e realidade virtual, startups buscam inovar a medicina

Roseli Andrion03/07/2020 16h51, atualizada em 04/07/2020 22h00

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Novas tecnologias de biometria e realidade virtual estão trazendo uma série de novidades para diversos setores da nossa vida, e a medicina também é um deles. No Brasil, já tem bastante gente buscando maneiras de aplicar essas novidades para melhorar a qualidade de vida de pacientes, médicos e profissionais da saúde de maneira geral. A gente conversou com alguns dos jovens que estão envolvidos nesse desafio para ver o que eles estão criando. Olha só:

Sabe aqueles filtros faciais divertidos do Instagram e do Snapchat? Então, eles funcionam com base em uma tecnologia chamada “mapeamento facial”. E a Hoobox está usando uma versão mais potente dessa tecnologia para dar mais conforto a pessoas com deficiência física. Eles criaram um sistema que permite que os pacientes em cadeiras de rodas motorizadas controlem suas cadeiras usando expressões faciais. O sistema pode ser instalado em qualquer cadeira motorizada, e é composto por um computador de bordo, um controlador e uma câmera

Mas como o sistema tem um objetivo muito importante, ele precisa ser muito mais confiável do que os filtros divertidos das redes sociais. Por isso, a empresa usa uma câmera 3D, que consegue identificar as expressões faciais com precisão bem maior do que as câmeras tradicionais de celulares. Essa câmera também tem uma grande vantagem sobre outros sistemas desse tipo: ela é muito pouco invasiva.

Os estudantes de medicina também tem muito a ganhar com esses avanços. A Medroom, por exemplo, é uma empresa que foca na criação de experiências de realidade virtual para treinar médicos. De acordo com o fundador da startup, a ideia não é que essas experiências substituam o treinamento que os médicos têm hoje em dia, mas trazer novas oportunidades de aprendizado:

Por mais que a realidade virtual não seja ainda muito presente nos ramos de entretenimento, ela deve se tornar cada vez mais popular para fins educativos. O Sandro, por exemplo, acredita que essa tecnologia pode revolucionar a maneira como profissionais especializados são treinados ao longo dos próximos anos.

Há muitas outras empresas buscando soluções parecidas para desafios da área da saúde. A Canguru, por exemplo, faz uma coleta de dados em tempo real para acompanhar a saúde de mulheres grávidas. Esses dados podem ser compartilhados rapidamente com médicos e enfermeiras para garantir que a gestação e o parto ocorram da melhor maneira possível. E a Anestech, como o nome sugere, usa os celulares para facilitar o acesso de anestesistas a informações essenciais para o seu trabalho.

Como não poderia deixar de ser, os hospitais já estão de olho em soluções desse tipo, e estão indo ativamente atrás de empresas e startups que prometem soluções inovadoras para essa área. É uma parceria benéfica para todos: enquanto os hospitais ganham acesso antecipado a essas novidades, as empresas também conseguem acessar a rede de profissionais e equipamentos dos hospitais para desenvolver melhor as suas ideias:

Mas as empresas também têm uma obrigação nesse caso: estar presente. Afinal, as inovações que elas criam podem salvar vidas, ou melhorar drasticamente a vivência de pessoas. Por isso, é importante que elas estejam disponíveis para compartilhar suas descobertas com outras startups e outros profissionais. Assim, essas inovações vão se multiplicando, e as doenças e seus sintomas vão se tornando problemas cada vez menores.

Colaboração para o Olhar Digital

Roseli Andrion é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital