Responda rápido: quanto tempo por semana você gasta em redes sociais, no seu smartphone? Nós aproveitamos uma feira de games realizada em São Paulo para fazer a mesma pergunta para alguns visitantes…
Bom, a gente acha que nossos entrevistados podem estar errados. E pedimos a eles que conferissem no aplicativo que exibe o uso do smartphone. Vamos ver o que deu…
É claro que não dá para generalizar, mas, assim como aconteceu com nossos entrevistados, não é difícil que a maioria de vocês também tenha subestimado o tempo gasto nas redes sociais durante a semana…
Essa é uma característica do uso dos smartphones. Num estudo recente da Universidade de Chicago, a conclusão não deixa dúvidas: só de estar perto, o smartphone já reduz a concentração e a fluidez de ideias. Os americanos até criaram um nome para isso: brain drain; ou drenagem de recursos do cérebro, numa tradução livre… E, pode ter certeza, cada vez que você pensa em só dar uma olhadinha em alguma coisa no celular, são muitos minutos que se vão… como a gente viu pelos nossos entrevistados, muitos mais que a gente imagina.
Todas essas conclusões reacenderam a polêmica: o uso do celular deve ser liberado nas salas de aula? Já que eles são tão efetivos como máquina de distração?
No Estado de São Paulo, a Secretaria da Educação parece não ver problemas. O uso dos aparelhos foi liberado nas salas desde o ano passado… mas, agora, uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas mostra que a decisão pode ser um tiro no pé…
Segundo a FGV, o uso do celular dobra – isso mesmo, dobra – o efeito negativo sobre as notas de seus alunos. E olha que, no caso da pesquisa, estamos falando de alunos do ensino superior que, teoricamente, teriam mais controle que os alunos do ensino médio, por exemplo. A FGV tem um índice usado para avaliar o aproveitamento dos seus alunos. Esse índice vai de 0 a 100. Segundo a pesquisa, cada 100 minutos diários gastos no celular fazem com que os alunos percam, em média, 6 pontos no ranking.
É claro que todos nós adoramos nossos smartphones. Mas, como as pesquisas parecem mostrar, talvez seja melhor deixa-los na mochila durante a aula. Aliás, países como a França, por exemplo, radicalizaram e proibiram totalmente o uso dos aparelhos nas sala das escolas. Talvez devêssemos seguir o exemplo…