Casas de realidade virtual se tornam versão moderna dos fliperamas

Roseli Andrion19/06/2020 23h27, atualizada em 20/06/2020 22h00

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Nos anos 80 a febre eram os fliperamas; na década de 90, as locadoras de videogame bombavam com suas inúmeras opções de consoles para quem quisesse jogar os últimos lançamentos. No início dos anos 2000, as lanhouses se tornaram redutos preferidos de quem procurava o que havia de mais moderno no mundo dos games online. Desde o início, comprar máquinas poderosas ou os consoles modernos nunca foi para qualquer bolso. A história se repete. A novidade agora são locais exclusivos para jogar usando os mais diversos equipamentos de realidade virtual – as casas VR.

A gente visitou três espaços aqui em São Paulo para experimentar a novidade. O mais recente é este aqui. Em nove salas independentes, o jogo é um só – um game de estratégia que pode ser jogado por até quatro pessoas ao mesmo tempo. Na maioria das vezes, a solução está na colaboração entre os participantes, que tem a missão de salvar o mundo em cinco missões diferentes. Em ambientes inusitados como a superfície lunar ou a Era Jurássica, os jogadores precisam decifrar enigmas que os levam para a próxima fase. Os cenários são cheios de detalhes, mas o game requer mais estratégia do que qualquer tipo de movimento.

Neste outro espaço, o Leandro, um colecionador de videogame, resolveu transformar sua paixão em profissão. Aqui, além dos jogos mais populares e até um simulador de automobilismo, ele oferece a primeira arena de realidade virtual. Com o computador nas costas e sensores acoplados nas pernas e em um fuzil eletrônico, os jogadores conseguem não só se enxergar dentro do game, mas se movimentam livremente para impedir um ataque alienígena. A experiência é bastante imersiva, divertida e até cansativa dependendo de quanto tempo você ficar ali atirando em criaturas violentas…

Os óculos de realidade virtual, combinados com computadores potentes, proporcionam uma experiência quase de teletransporte. É só vestir o equipamento para pisar em um mundo paralelo. É possível ter as sensações mais inusitadas como mergulhar com tubarões, escalar o Everest, fugir de zumbis ou desafiar seus piores medos, como altura e terror. E, não adianta você tentar dizer para si mesmo que aquilo é só um jogo. Com os óculos e o fone de ouvido, a imersão é instantânea.

O preço ainda é um pouquinho salgado, mas vale a experiência. Essas casas cobram, em média, 60 reais por hora de jogo usando óculos de realidade virtual. Mas para quem ainda não teve a sensação, a gente recomenda. E, se prepare, se você acha que vai conseguir controlar seu cérebro dizendo “isso é apenas um jogo”, acredite, não é tão simples assim. Em uma conversa bastante legal com um psicólogo totalmente ligado à tecnologia explicamos o fenômeno: como a realidade virtual engana tão bem o seu cérebro. O link está logo abaixo deste vídeo no nosso site. Confira antes de se aventurar…

Colaboração para o Olhar Digital

Roseli Andrion é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital