Uma equipe de pesquisadores da Rice University e da University of California, nos Estados Unidos, divulgou essa semana um estudo que mostra que cabos submarinos podem ser utilizados para detectar terremotos subaquáticos. Para chegar a essa conclusão, os cientistas se basearam no princípio de que a fibra óptica envia dados digitais na forma de luz, onde ela pode ser espalhada ou distorcida se o cabo se mover ou mudar de orientação.
Ao monitorar esse fenômeno chamado “back scatter”, a equipe de pesquisadores pôde saber onde e quanto o cabo se moveu com uma precisão de nanômetros, precisão maior do que um bom e velho sismógrafo terrestre. O melhor do novo método é que não há necessidade de adicionar equipamentos ao longo do comprimento do cabo, sendo necessário apenas conectar um detector sísmico ao final da fibra.
Agora, espera-se que a tecnologia possa ajudar a mapear áreas com falhas geológicas no fundo do mar, que são muito pouco exploradas. A ideia é que uma vez concluídos os testes, esse novo sistema seja colocado em operação nos maiores cabos submarinos ativos.