Audiolivros ganham força com novas tecnologias

Roseli Andrion24/07/2020 22h15, atualizada em 25/07/2020 22h00

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Ler um livro ou escutar uma história?! Em um mundo onde as pessoas têm cada vez menos tempo para si mesmas e vivem o tempo todo bombardeadas de informação, uma tecnologia relativamente antiga combinada com plataformas bem modernas de distribuição vem ganhando força e chama cada vez mais atenção. São os audiolivros: livros na íntegra narrados por uma voz humana em formato digital. Eles voltaram com tudo…

Quando surgiram pela primeira vez, ainda nos anos 80, os áudios eram gravados em fitas K7. Dependendo da sua idade você provavelmente nunca sequer teve contato com uma dessas. Depois a gravação passou para o também já ultrapassado CD, lembra dele? Nenhuma das duas tecnologias pegou no Brasil e o audiolivro acabou meio esquecido na história. Mas agora o momento é outro; audiolivro por assinatura via streaming; estilo Netflix. Moderno, né?

Aqui no Brasil, o faturamento do setor de audiolivros quadruplicou nos últimos quatro anos. Nos Estados Unidos, com quase 90 milhões de títulos disponíveis, o setor cresceu 20% a mais em relação ao resto da indústria editorial durante os primeiros oito meses de 2017.

Enquanto a criação de um eBook, um livro digitalizado, custa entre 150 a 200 reais, a produção completa de um audiobook fica em torno de 10 mil reais.

O brasileiro lê pouco. As editoras sabem disso e vêm no audiolivro uma chance de ampliar esse mercado. As principais editoras do país já preparam uma série de lançamentos de audiolivros para serem distribuídos em diferentes serviços, seja via streaming ou até por download.

A falta de tempo pode até ser a pivô neste “boom” da volta do audiolivro. Mas  a grande responsável é mesmo à tecnologia. No ano passado, o Brasil ultrapassou a marca de um smartphone por pessoa. Já são mais de 220 milhões de celulares inteligentes ativos no país. Todos eles recheados de aplicativos e prontos para abrir mais uma porta para o mundo da literatura. E se engana quem imagina que o audiobook ou qualquer tecnologia possa diminuir o amor pelos livros impressos. A aposta tanto de quem lê quanto de quem produz é que os formatos digitais, físico e em áudio vão conviver em uma harmonia digna de final feliz. É você quem escolhe como quer viajar: sentado, relaxando em um sofá, com o livro na mão. Ou em pé, no ônibus, com a mente longe em mais uma história. A escolha é sua…

Colaboração para o Olhar Digital

Roseli Andrion é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital