Quando pensamos em fazer terapia, a ideia de uma sala silenciosa e um divã vem logo a cabeça. Porém, atualmente o que também acontece são cenas como essa: atendimentos psicológicos via celular. A Gabriela faz consultas com uma psicóloga pelo smartphone há um ano. Ela procurou essa forma de atendimento por causa da falta tempo, já que o trabalho e a faculdade consomem todo o seu dia.
Desde 2012 o Conselho Federal de Psicologia permite que as terapias sejam feitas virtualmente. Porém, só era permitido atendimento psicológicos online de até no máximo 20 sessões e o profissional deveria ser vinculado à uma plataforma como um site, por exemplo. Em novembro de 2018, foi publicado uma nova resolução que amplia as possibilidades de oferta de serviços de psicologia mediados por tecnologias da informação e comunicação. Agora, o psicólogo poderá oferecer consultas ou atendimentos psicológicos em diferentes ferramentas e não mais vinculados à um site.
Neste consultório localizado em São Paulo, são oferecidas terapias presenciais e online, feitas por vídeo pelo WhatsApp. Por aqui, são realizadas em média 10.000 atendimentos online por ano. Muitos dos pacientes que se consultam à distância moram em diferentes estados e só tem contato com o terapeuta pelo vídeo.
Aproveitando essa ideia, o app FalaFreud trabalha com o segmento de terapias online desde 2016. Eles possuem cadastrados cerca de 7.000 psicólogos e tem mais de um milhão de usuários. As consultas custam 99,99 reais sendo que a primeira sai por um preço promocional de 29,99 reais. Os pacientes avaliam e dão notas aos terapeutas. A linha psicológica mais utilizada por eles é a comportamental cognitiva.
A Raquel, mora em Salvador é psicóloga do aplicativo desde junho do ano passado. Ela atende 30 pacientes de forma online. A princípio, eles tiveram receio dessa nova forma de terapia.
Dá para entender o receio de fazer uma consulta virtual. O novo assusta e confiar na tecnologia não é tão simples assim. Será que o contato e a troca entre paciente e psicólogo se perdem um pouco quando a interação é feita pela tela de um smartphone? Ou é apenas uma questão de gosto?