As apostas do mercado de tecnologia para transformar os meios de pagamento

Roseli Andrion09/05/2020 18h58, atualizada em 09/05/2020 22h00

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Todo mundo quer ser um banco! Pelo menos é isso que o movimento de várias startups e empresas do mundo da tecnologia está mostrando. Lojas do varejo oferecendo contas digitais; serviços de entrega de comida por aplicativo criando suas próprias carteiras virtuais; o maior marketplace digital da América Latina já oferece a função de cuidar e até fazer render seu dinheiro e, por último, a rede social mais popular do planeta resolveu criar uma moeda própria. Todo mundo quer ser um banco!

Nada é por acaso, nem no escuro. Se tanta empresa de tecnologia cresceu os olhos para o mercado de meios de pagamento, não tenha dúvida, existe uma oportunidade gigantesca de lucrar em cima disso…

Para inovar e apostar em algo novo, é preciso ser rápido no mundo da tecnologia. A regra é não perder tempo e testar! Ainda assim, ninguém está rasgando dinheiro – as apostas também são calculadas, inclusive com uma taxa média de perda já prevista…

O maior desafio de abraçar um novo segmento é conquistar o usuário. Para incentivar o uso das suas carteiras digitais, os dois maiores serviços de entrega rápida do país, estão oferecendo promoções agressivas para quem experimenta a ferramenta. Com milhões de usuários em sua base, o iFood, por exemplo, já tem 10 mil clientes cadastrados usando a carteira digital embutida no aplicativo. Hoje, cada vez que o usuário consome mais de 30 reais em um restaurante parceiro, o app dá um crédito de 15 reais para ser usado em uma próxima refeição.

Outro exemplo notório é a recém-lançada moeda virtual do Facebook; a Libra, como foi denominada a criptomoeda. Além disso, a rede social de Mark Zuckerberg também anunciou sua plataforma de criptografia para transações e criptomoedas. A partir do ano que vem, uma carteira digital estará disponível para WhatsApp, Messenger e um aplicativo próprio. A ideia é que a Libra não se limite somente ao Facebook e, quando estiver em funcionamento, a expectativa é que ela “fortaleça bilhões”, dando às pessoas acesso a serviços financeiros sem necessariamente exigir uma conta bancária. No Brasil, se a gente pensar que um terço da população não tem conta em banco…

Bom, talvez não seja exagero repetir mais uma vez: todo mundo quer “mesmo” ser um banco. Analistas do mercado financeiro já enxergaram o movimento há algum tempo. A expectativa é que isso se torne mais do que uma tendência e a gente veja uma verdadeira explosão exponencial de empresas e startups oferendo serviços financeiros – mesmo aquelas que, a princípio, não têm nada a ver com o negócio. De toda essa história, uma coisa a gente pode ter certeza: nós, consumidores, vamos ter cada vez mais liberdade de escolha e ofertas para decidir onde colocar nosso precioso dinheiro.

Colaboração para o Olhar Digital

Roseli Andrion é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital