Você já parou para vasculhar um pouco a loja de aplicativos do seu smartphone? Dá para se perder ali em meio a tanta solução. E tem app para tudo: para facilitar sua vida de diversas formas, para controlar a saúde, para passar o tempo, alguns um tanto inúteis, é verdade…e, claro, tem aplicativo também para quem quer sair do sofá e acabar com o sedentarismo. A lista de apps com sugestões e até orientação para a prática de exercícios físicos é gigantesca.
E tem para todos os gostos e objetivos. Tem aplicativo para registrar a corrida, com música para incentivar a atividade; outros para praticar yoga, secar a barriga, emagrecer, ficar mais forte…tem de tudo mesmo. Mas como em praticamente tudo na vida, esses aplicativos têm seu lado bom e outro nem tão bom assim. Ou seja, podem ajudar, mas também atrapalham e são até perigosos dependendo de como são usados. Nos dois casos, uma das principais falhas dessas ferramentas é que elas não são individualizadas. São sugestões genéricas que não dá para afirmar, sem a palavra de um especialista, se realmente é o mais indicado para você.
Especialistas alertam: um dos princípios mais importantes de uma recomendação de exercícios é a individualidade biológica de cada pessoa. Infelizmente, a maioria desses apps ainda trata todo mundo exatamente igual. Para alguns, até pode servir, para outros, não. O problema é que muita gente não pensa duas vezes e transforma o smartphone no seu novo personal trainer e não imaginam o risco que estão correndo…
O principal risco está na execução errada dos movimentos. Ainda que os aplicativos sejam um ótimo incentivo para sair do ponto morto, sem a orientação e até supervisão de um profissional de educação física, é perigoso, por exemplo, no treinamento com pesos, executar um movimento diversas vezes da forma errada e causar uma lesão; principalmente nas articulações como ombro, punho, pé, tornozelo, joelho… E, vale lembrar, lesões não aparecem de uma hora para outra, mas quando surgem nem sempre são simples de se resolver. Dependendo do nível do treinamento, a pessoa pode iniciar um processo degenerativo antecipado, como desgaste ósseo ou até um problema de coluna.
Sim, os apps fitness – seja qual for a modalidade – podem ser ótimas ferramentas. Seja como incentivo, sugestão ou uma nova forma de trabalhar para o profissional de educação física. Mas eles nunca vão substituir a orientação de um especialista. Ainda que os aplicativos indiquem uma ótima escolha de exercícios, eles ainda não conseguem identificar padrões alterados de movimento e muito menos corrigi-los. Então…hora de sair do sofá. Não se esqueça do celular, escolha seu app preferido, mas lembre-se, é melhor consultar um profissional para não ter dor de cabeça depois…ou dor nas costas, nos ombros, joelhos…