O cientista britânico só queria ajudar e ser legal. E aí, decidiu abrir mão dos direitos autorais e cobranças para tornar sua criação pública, livre e aberta. Hoje, ao comemorar 30 anos da “World Wide Web” – o “www” da nossa internet – Tim Berners-Lee certamente sabe da sua importância para a humanidade. Mas será que ela tinha noção que iria revolucionar a sociedade, nossos comportamentos e, consequentemente, moldar toda uma nova geração?
A Internet é um fenômeno mundial. Hoje, o acesso à rede mundial de computadores é quase uma necessidade básica do nosso dia a dia. Interessante é que em três décadas o comportamento digital ditado pela web permeou diferentes gerações. Começando por aqueles que tiveram que se adaptar à era digital e aprender – o pessoal mais adulto, hoje beirando os 40 anos – e também aqueles que já nasceram imersos em tecnologia: sempre conectados e que sequer imaginam que um dia o mundo foi mundo sem internet.
Na visão de alguns especialistas, um dos primeiros efeitos que a Internet trouxe para nossa realidade, independente da idade, é um imediatismo generalizado. E isso significa pessoas mais aflitas e também mais ansiosas do que antigamente.
Mas a vida conectada, que chegou junto com a web 30 anos atrás, mexeu principalmente com as relações pessoais. Não dá para dizer se isso é bom ou ruim. Mas mudou! E os relacionamentos se tornaram mais superficiais.
Outra transformação tem a ver com o nível intelectual das pessoas. Se por um lado a internet permite o acesso a uma quantidade praticamente infinita de informação e fontes de conhecimento, por outro, ela coloca muita gente dentro de uma bolha anti-frustração. É isso mesmo, algoritmos inteligente sabem exatamente do que você gosta, quem são seus melhores amigos e, principalmente aqueles com os quais você têm maior afinidade e, a partir daí, mecanismos de buscas e até publicações em redes sociais são filtradas para mostrar somente aquele te interessa “e” te agrada… O reflexo dessa realidade é que o nosso QI, o quociente de inteligência, está encolhendo. E a vida digital pode ser um dos motivos…