Como acompanhar a Copa ao vivo pelo celular
A bola já está rolando na Rússia e ninguém quer perder nenhum lance. Copa do Mundo é assim: salvo raras exceções, os quatro cantos do planeta respiram futebol. Mas com o fuso horário russo, vai ser difícil que todos nós tenhamos uma TV disponível para assistir às partidas em horários diferentes. Os jogos vão rolar de manhã, na hora do almoço e no meio da tarde. Este ano, mais do que nunca, os dispositivos móveis vão ter um papel fundamental para a torcida; além de se informar, buscar resultados, dividir a emoção das redes sociais, o smartphone vai servir pra muita gente assistir aos jogos ao vivo, em 4K, através de aplicativos.
Na última Copa, lembra? Aquela, aqui no Brasil… 7 a 1. Bom, melhor esquecer. O fato é que há quatro anos, quase 50% dos fãs de futebol já tinham a intenção de usar seus celulares para acompanhar a competição, segundo dados do IAB, o principal e maior órgão da publicidade online. O Brasil fechou 2016 com 116 milhões de pessoas conectadas à internet; quase 65% da população, segundo o IBGE. O mesmo levantamento apontou que mais de 77% dos brasileiros possuem celular; e, destes, 76% usam o aparelho para assistir vídeos online. Os dados são de 2016. Agora, resta alguma dúvida que esta vai ser a Copa mais conectada de todos os tempos?!
As próprias emissoras detentoras dos direitos vão transmitir os jogos via streaming – tanto em seus sites quanto em apps exclusivos. A transmissão de jogos de futebol pela internet, seja pelo YouTube ou pelo Facebook, já atraem público que, muitas vezes, até supera a audiência da TV. Fora do Brasil, a rede de Mark Zuckerberg transmite os jogos da Liga dos Campeões da Europa. A tendência é mundial. Amazon, Facebook e Twitter são algumas das gigantes de mídia que começaram a investir pesado em transmissões online de partidas de futebol (e outros esportes também).
Nos Estados Unidos, os espectadores estão cada vez mais migrando para opções de streaming. No ano passados, as ligas de basquete, futebol americano e baseball fizeram parcerias para que seus jogos fossem transmitidos para alcançar espectadores que estão longe da TV. Em 2017, o primeiro jogo da NFL, a liga de futebol americano, transmitido ao vivo na plataforma da Amazon foi visto por 370 mil pessoas. Ao mesmo tempo, a consultoria Nielsen apontou uma queda de quase 10% na audiência da TV da NFL na temporada.
A partir do ano que vem, o Facebook vai passar a transmitir a principal competição de clubes da América do Sul, a Copa Libertadores da América. Por aqui, outros esportes também já apostam no potencial do streaming. No ano passado, a primeira transmissão ao vivo pela internet de um jogo da Confederação Brasileira de Voleibol teve um pico de audiência de mais de 5 mil pessoas e um total de 109 mil espectadores no Facebook. A Confederação Brasileira de Atletismo divulga no Facebook lives de provas, treinos, entrevistas e bastidores de competições. Fãs de ginástica também podem acompanhar transmissões ao vivo pelo perfil da Confederação Brasileira de Ginástica.
Apesar da fervura do momento, especialistas em transmissões ao vivo pela internet afirmam que ainda há muito espaço para melhorias no serviço. Como a latência, por exemplo; termo genérico usado para atrasos na transmissão que pode arruinar a experiência online. Ninguém assistindo o jogo online quer gritar gol depois de todo mundo. E, sim, isso pode acontecer este ano. Mas ao que tudo indica, a experiência deve ser infinitamente melhor na Copa de 2022, no Qatar. Até lá, imagine, já vamos ter o 5G a todo vapor. E, aliado à conectividade onipresente e consistente, novas tecnologias de compressão de vídeo; os codecs – importantes para qualquer experiência de vídeo digital.