Apresentado no final de fevereiro, o Galaxy S10 Plus é o mais poderoso modelo da nova série de smartphones top de linha da Samsung. A marca sul coreana decidiu não economizar em novidades para o celular, além de melhorar alguns recursos que ficaram consagrados em modelos anteriores. Confira a nossa análise sobre o novo peso-pesado da Samsung!

Para a tela do celular, mais uma vez a Samsung apostou em continuar com a tendência de bordas mínimas. O seu display é de 6,4 polegadas na proporção 19:9 e ele não tem notch. Na parte da frente, é impossível não notar a sua câmera frontal dupla, que deixa dois buracos pequenos do lado superior direito do painel, algo que até pode incomodar à primeira vista, mas logo nos acostumamos. A sua parte traseira tem o acabamento em vidro ou em cerâmica, como no aparelho que testamos. Mas, independente da escolha do modelo, tanto na parte da frente, quanto na de trás, o Galaxy S10+ conta com a proteção do Gorilla Glass 6 contra quebras e arranhões. E, é claro, o aparelho continua com a certificação IP68, deixando-o resistente a água e a poeira.

O Galaxy S10+ acaba sendo um pouco mais leve que os aparelhos da linha Galaxy S9 e ele merece um elogio por insistir em continuar com uma entrada tradicional para fone de ouvidos, a boa e velha P2. O seu alto falante tem um volume razoável, não é extremamente alto, mas o suficiente para assistir vídeos ou escutar músicas com qualidade. O posicionamento dele continua sendo na parte de baixo do smartphone, mas ele não é abafado mesmo ao usar o celular na horizontal. O único grande inconveniente em seu corpo é o botão para chamar a assistente virtual Bixby, que acaba sendo acionada por acidente com certa frequência.

Pela primeira vez, um aparelho da linha Galaxy S conta com três câmeras em sua parte traseira: uma lente ultra wide, uma teleobjetiva e outra com abertura dupla, ideal para ser ajustada em ambientes com muita ou pouca luz. Na prática, as três câmeras realmente fazem a diferença e o novo modo de foco dinâmico consegue, por exemplo, tirar uma foto com um objeto em destaque tendo apenas o seu fundo em preto e branco. O modo Super Slow Motion continua a marcar presença e teve melhoras sutis, como uma duração final de vídeo de quatorze segundos. Ainda assim, a sua resolução é apenas em HD e a qualidade da imagem nem sempre é das melhores.

O Galaxy S10 Plus conta com a nova interface One UI, que traz a aparência de um Android mais puro. Os menus do aparelho ficaram melhores e encontrar uma função neles está bem fácil. O tamanho dos ícones na tela inicial é que pode causar uma estranheza, já que eles são bem grandes, independente da resolução a ser utilizada. Esta mudança também é vista na grade de aplicativos, mas ali isso não chega a incomodar, já que fica mais fácil localizar o aplicativo que você está procurando.

Já na parte de desempenho, o aparelho brasileiro conta com o processador Exynos 9820 e 8GB de memória RAM. Este conjunto é mais do que o suficiente para executar vários aplicativos simultaneamente, além de qualquer jogo, sem apresentar lentidões. A sua bateria de 4.100 milliamperes também é mais do que o suficiente para aguentar um dia inteiro de uso comum, sendo que, mesmo ao rodar um game, ele gasta bem pouco. E, por fim, na parte de novidades, o Galaxy S10 Plus traz uma função bem legal, chamada de Wireless PowerShare, que permite ao celular carregar a bateria de outros dispositivos, como smartphones e fones de ouvido, desde que eles sejam compatíveis por carregamento sem fio por indução. Ainda na parte de sistema, a Samsung continua a trazer muitos apps nativos, mas que podem ser desinstalados por completo. Entretanto, isso não se aplica ao assistente virtual Bixby, que não pode ser desinstalada e nem desativada e que muitas vezes atrapalha o manuseio do aparelho. E sempre lembrando que ela não suporta comandos em português e, mesmo em inglês, ela não funcionou muito bem em nossos testes.

A Samsung mostra que realmente apostou na inovação com o Galaxy S10 Plus, que além de corrigir alguns problemas de aparelhos anteriores, trouxe novas funções que realmente justificam a compra do aparelho. O seu maior contra fica por conta da assistente virtual Bixby – e do seu botão físico que aciona a funcionalidade – que atrapalha o uso do aparelho no dia-a-dia. O smartphone ainda não está disponível no Brasil, mas será apresentado no dia 12 de março em um em evento em São Paulo, quando o preço da nova linha será anunciado. Mas não esperem nada muito barato.