No Projeto Loon – ainda em fase de testes – o Google usa uma rede de balões para levar conectividade a áreas rurais e remotas em todo o mundo. Em um projeto para estudar a lua de Saturno, a Nasa também aposta em balões. Se você ainda acha que balão é coisa do passado (ou de festa junina), acredite, a tecnologia tem um potencial enorme. De olho nessa oportunidade, o espírito empreendedor de dois jovens engenheiros no interior de São Paulo levou à criação da primeira startup que usa balões para levar internet para o interior do país.
Em áreas remotas, onde não há qualquer sinal de internet, o balão que tem capacidade para carregar até 35 quilos de carga útil e ficar a uma altura de até 200 metros, pode levar, por exemplo, um modem 4G, um equipamento de conexão via rádio ou satélite para oferecer cobertura para a região. O cabo que segura o balão serve também para levar energia e conectividade para o equipamento no céu, através de fibra óptica ou fios de cobre.
Em regiões sem qualquer conectividade, testes mostraram que o balão é capaz de oferecer sinal Wi-Fi de ótima qualidade em um raio de até 40 quilômetros. Além de conectar e oferecer diferentes soluções para o meio rural, o balão também tem aplicações urbanas. Em grandes eventos, o balão pode servir como uma torre complementar para suportar a demanda da rede móvel celular. Mais do que isso, se em vez de equipamentos de telecomunicações, o balão subir com câmeras inteligentes e de alta definição, a solução se torna uma forma de monitoramento permanente complementar ao trabalho dos drones.
A solução, agora totalmente verde-amarela, foi reconhecida por grandes empresas e também pela indústria como uma das maiores tecnologias de impacto em soluções sem fio e de Internet das Coisas. Uma forma de reconhecer os inventores brasileiros e fomentar a inovação no país.