A Sonda Parker Solar já é dona de um feito inédito: é o objeto humano que conseguiu chegar mais perto do Sol – esteve a 24 milhões de quilômetros de distância da estrela. Nessa vizinhança, a Parker Solar conseguiu coletar dados únicos, esclarecer dúvidas e até mesmo mudar conceitos que os cientistas tinham sobre a estrela que nos mantém vivos.
Até agora, dá para resumir em cinco as grandes descobertas feitas pela Parker Solar. A primeira tem a ver com os chamados ventos solares. Até hoje, acreditava-se que eles se espalhavam de maneira mais ou menos uniforme pelo espaço. No entanto, agora se sabe que não é bem assim que eles funcionam.
A segunda descoberta tem a ver os campos magnéticos originados no Sol. Aqui, também não tínhamos muitas informações sobre a maneira como ele se propagavam. Agora, já sabemos que eles fazem isso de modo aleatório. A terceira relaciona-se com a poeira cósmica. Da Terra, conseguimos ver as partículas da poeira cósmica que se espalha pelo espaço – até porque ela reflete a luz do Sol. Só que, em volta da estrela, simplesmente não existe esse tipo de poeira – o nosso astro rei se encarrega de vaporizar todas as partículas e criar uma área de poeira zero em sua órbita.
A quarta descoberta da sonda tem a ver com a vida aqui na Terra. Até agora, os cientistas não sabiam onde os ventos solares se convertiam num fluxo constante de energia – que é como eles chegam à Terra. A Solar Parker conseguiu identificar onde isso acontece e, finalmente, foi capaz de registrar erupções de pequenas proporções na superfície solar. Essas erupções não são visíveis da Terra, e os cientistas sabiam muito pouco a seu respeito.
Agora, os pesquisadores já têm ciência que essa pequenas erupções acontecem o tempo todo e lançam partículas solares carregadas de radiação pelo espaço. Entender essa dinâmica é importante porque a radiação pode ser altamente perigosa para astronautas e também para equipamentos no espaço.