Robôs inspirados na natureza ajudam a desenvolver a tecnologia industrial

Renato Santino14/07/2017 20h59, atualizada em 15/07/2017 22h00

Erro ao reproduzir vídeo: caminho não informado

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Inspirados em animais “de verdade”, esses robôs são exemplos de como a natureza pode contribuir para o desenvolvimento da tecnologia. Recentemente, quatro deles vieram para o Brasil e a gente fez questão de conhecer e entender melhor essa ideia. Os “bionics” (como são chamados) são fruto da constante busca pela inovação de uma multinacional alemã líder em automação industrial. Espera! Automação Industrial? O que isso tem a ver com águas-viva, pinguins e gaivotas?!

Criado em 2006, na Alemanha, o Bionic Learning Network – uma rede de aprendizado biônico – reúne biólogos, engenheiros, estudantes e outros pesquisadores para descobrir como a vida biológica pode contribuir com a criação de novos produtos. É uma via de duas mãos: ou os engenheiros trazem um problema da indústria para que a equipe de pesquisa possa estudar a partir da análise da vida selvagem; ou fenômenos observados pelos biólogos na natureza são levados para que os engenheiros tentem aplicar de alguma forma na indústria.

Todos os resultados e análises são enviados para cinco centros de pesquisas espalhados pelo mundo – inclusive aqui no Brasil. O último produto lançado pela empresa alemã foi baseado neste robô, o AirJelly – inspirado no movimento das águas-vivas e com um sistema mecânico inteligente e versátil, este “bionic” é controlado remotamente e mantido no ar por um balão cheio de gás hélio.

Com nadadeiras de torção passiva, inspirados nos simpáticos pinguins, esse robô voa para frente e para trás. Também mantido no ar por um balão cheio de hélio, o modelo simula com precisão os movimentos de suas contrapartes naturais graças à sua estrutura 3D. A empresa busca pelo menos uma aplicação prática em cima de cada robô. O Smart Bird imita o movimento das gaivotas em uma busca por uma melhor eficiência energética. Produzido em fibra de carbono, o pássaro mecânico é capaz de decolar, voar e aterrissar sozinho, sem o auxílio de outros dispositivos de elevação.

Analisando a anatomia delicada das formigas, os engenheiros da empresa criaram algoritmos complexos que trazem o comportamento cooperativo para a tecnologia. Você sabia? Enquanto trabalham, as formigas não só se comunicam entre si para saber qual é o caminho mais adequado para realizar uma determinada tarefa como ainda são capazes de chamar outra formiga para, em conjunto, fazer o que deve ser feito.

Fora dos laboratórios, os robôs dão show e chamam atenção de quem passa por perto; qualquer um se impressiona com a suavidade dos movimentos. Outros dois “bionics”, o canguru e a borboleta, não vieram para o Brasil, mas a gente conseguiu imagens lindas dos dois para completar a fauna hi-tech.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital