Chega de ser coadjuvante ou mero espectador. E se daqui pra frente a gente puder literalmente “entrar” na cena de um filme?! Depois de aplicações em publicidade, na medicina e, principalmente, nos games, a sétima arte é a mais recente aposta da Realidade Virtual. No Brasil o movimento ainda é tímido, mas já tem muita coisa legal acontecendo mundo afora…
No Festival de Tribeca, em Nova York, Laganaro apresentou seu primeiro filme em realidade virtual Step to the Line – um documentário sobre o dia a dia de duas prisões de segurança máxima nos Estados Unidos. É uma espécie de teletransporte para dentro da história. Tão legal que até Mark Zuckerberg compartilhou o curta em seu perfil no Facebook como um dos melhores exemplos do que a Realidade Virtual promete fazer com o cinema.
No mês passado, em Cannes, o consagrado diretor Alejandro Iñárritu ((lê-se INHARRITÚ)) – de filmes como O Regresso, Babel e Biutiful – também mostrou sua primeira experiência imersiva com o filme “Carne Y Arena”, uma peça em Realidade Virtual de seis minutos e meio sobre a questão mundial da imigração e dos refugiados.
Quem vive e respira cinema garante que são os primeiros passos de um caminho ainda bastante desafiador, mas sem volta e bastante promissor. Diferente de tudo o que já aconteceu.
Fora dos grandes festivais, para o público comum, já existem nos Estados Unidos espaços específicos destinados ao consumo de filmes em realidade virtual. O maior exemplo é o IMax VR, em Los Angeles e Nova York. É o primeiro exemplo do que promete ser o “novo” cinema do século 21.
Ainda que seja uma coisa muito nova, outra possibilidade ainda mais interativa é o que oferece o espaço “The Void”; com salas em Dubai, nos Estados Unidos e Canadá. Como eles próprios dizem, é um passo além dos limites da realidade; uma experiência imersiva que combina o mundo físico com efeitos interativos em tempo real.
A realidade virtual no cinema vai muito além dos vídeos 360 cada vez mais populares em plataformas como o YouTube e o próprio Facebook. A nova experiência está mexendo com a cabeça de diretores, equipes técnicas e todo esse ecossistema tão cheio de glamour. Na próxima semana, a gente vai mostrar os desafios de se criar um filme em realidade virtual – principalmente no Brasil. São muitos, mas o pessoal do cinema encara com um sorriso que também vai além do real.