Provedores de internet de pequeno porte ampliam a conectividade no Brasil

Roseli Andrion17/01/2020 19h36, atualizada em 18/01/2020 22h00

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Ter internet em casa hoje em dia, não é nenhum luxo, e sim, uma necessidade. Números divulgados pela Agência Nacional de Telecomunicações informam que mais de um milhão de domicílios brasileiros passaram a contar com o serviço de banda larga fixa nos últimos 12 meses. Cerca de 60% da população brasileira já conta com internet dentro de casa. Esse crescimento foi sustentado pelas Prestadoras de Pequeno Porte, as PPPs, que são pequenos provedores de internet com no máximo mil funcionários e menos de um milhão e meio de assinantes. Elas concorrem diretamente com as grandes concessionárias, e são responsáveis por levar tecnologia principalmente à lugares mais afastados dos grandes centros, como bairros periféricos e cidades pequenas.

Há 3 anos, o empresário Marcelo Corradini, abriu um provedor de internet em Caieiras, interior de São Paulo. Antes, a cidade de 95 mil habitantes era abastecida apenas por uma grande concessionária. Para entrar no mercado, a proximidade com a população foi um diferencial.

Dona Yvelise, moradora de um bairro afastado em Caieiras, optou por trocar o provedor de internet da sua casa por um provedor regional.

Se em Caieiras havia a necessidade de novos provedores, imagina no resto do Brasil. Para se ter uma ideia, esse mercado cresce de 20 a 25% ao ano. São mais de 11.000 mil provedores espalhados pelo país, principalmente na região nordeste. Além de chegar à lugares distantes, outro fator influenciou para a proliferação de pequenos provedores pelo Brasil. Em 1995, quando foi aberto o mercado de internet em terras brasileiras, as grandes concessionárias foram proibidas pelo Ministério das Telecomunicações de ter acesso discado, e apenas empresas privadas tiveram esse direito. Com o tempo, as operadoras de telefonia também puderam concorrer ao mercado de internet, mas, sem dúvida, isso ajudou a aumentar o número das PPPs.

O valor pela internet nos pequenos provedores acaba sendo equivalente ao valor cobrado pelas gigantes do meio como a Oi, a Vivo, Net e a Claro. Já a tecnologia de fibra óptica também está presente nessas empresas. Hoje, são os pequenos provedores que são os responsáveis por 54% de todos os clientes no país que têm fibra óptica chegando em casa.

Para o ano que vem, os pequenos provedores já estão mirando o 5G. Eles estão negociando com a Anatel e o Ministério das Telecomunicações para participar do leilão do 5G, que está previsto para acontecer em março de 2020. O objetivo é achar um modelo de leilão que tenha espaço eles participarem.

Colaboração para o Olhar Digital

Roseli Andrion é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital