Entenda como o 5G pode permitir cirurgias a distância

Roseli Andrion10/09/2020 23h54, atualizada em 12/09/2020 22h00

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Enquanto a equipe médica apenas assiste a operação, braços robóticos realizam a cirurgia. A distância, em qualquer parte do planeta, o médico cirurgião comanda o equipamento com precisão milimétrica em tempo real; uma espécie de videogame da vida. Cada vez mais perto de se tornar uma realidade mundial, o 5G vai trazer muito mais do que velocidades de conexão ultrarrápidas e uma internet móvel mais confiável. Uma das principais características da quinta geração de banda larga móvel foi demonstrada aqui em São Paulo, em uma aplicação real na área de saúde através desta simulação de cirurgia robótica a distância.

Usando um óculos de realidade virtual, a caneta do cirurgião simulava o bisturi durante a operação. A demonstração mostrou a aplicação do maior avanço do 5G: a baixíssima latência – o tempo de resposta quase imediato que a tecnologia promete trazer.

Além de avanços significativos na medicina, a baixa latência vai aprimorar muitos casos de uso da rede móvel e até permitir a criação de novas aplicações. Quando se tornar realidade, o carro autônomo vai precisar tomar decisões em milésimos de segundos para garantir a segurança do trânsito; e o 5G vai permitir isso! Ainda pensando em segurança, outro exemplo interessante é a operação a distância de maquinário pesado como o que é usado na mineração ou reflorestamento…

Os primeiros lançamentos comerciais do mundo em 5G devem acontecer até o final deste ano. Nos Estados Unidos, duas grandes operadoras se preparam para oferecer suas redes 5G. Neste primeiro momento, a banda larga móvel com latência ultrarrápida e alta estabilidade ainda vai estar disponível apenas para acesso fixo – como, por exemplo, a internet da nossa casa. Para aplicações como a cirurgia remota, o 5G vai demorar um pouquinho mais, já que precisa de uma infraestrutura mais robusta e disseminada por diferentes partes do mundo.

A previsão é que os primeiros celulares habilitados para operar em 5G comecem a surgir no mercado a partir do segundo trimestre do ano que vem; aí, sim, a gente vai poder viver a nova tecnologia na palma das mãos e sentir, além do tempo de resposta quase imediato, as altas taxas de transmissão de dados. Experiências como vídeos em 4K e realidade virtual devem ser muito aprimoradas com o 5G. Mas também se espera um enorme reflexo na indústria, que vem alcançando cada vez mais eficiência através da digitalização e conectividade.

No Brasil, o leilão da frequência de 3,5 gigahertz – a faixa que o 5G vai operar – deve acontecer já no segundo semestre de 2019. Ou seja, 2020 é o ano em que os serviços de 5G vão começar a aparecer por aqui também. A gente mal pode esperar, a promessa é grande. Estamos prestes a viver mais uma revolução tecnológica – e você vai acompanhar e ficar sabendo tudo em primeira mão sempre aqui, no Olhar Digital.

Colaboração para o Olhar Digital

Roseli Andrion é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital