Você já deve ter passado por isso: ficou sem o SIM do celular e precisou ir à loja da operadora ou esperar um chip novo chegar pelo correio para poder usar o telefone novamente. Isso porque é o SIM que identifica o assinante para a empresa de telefonia móvel e garante a liberação do serviço para ele.
Isso pode deixar de ser necessário com o e-SIM – abreviação para embedded SIM, ou seja, SIM embutido. Esse tipo de identificador vem instalado diretamente na placa principal do smartphone. Assim, quando se compra o celular, ele já está lá, não precisa ser comprado a parte e colocado no aparelho.
Esse tipo de chip tem vantagens sobre o SIM convencional, que é usado atualmente. Quer mudar de operadora facilmente, sem a interferência de atendentes que tentam fazê-lo permanecer cliente? Pode. Quer ter acesso sempre à melhor tarifa, independentemente da companhia telefônica e da localidade em que estiver? Pode também.
Embora a maior parte dos benefícios ainda não esteja disponível, a tecnologia usada no e-SIM permite usufruir deles. Por isso, as operadoras vão ter de se preparar para oferecê-los ao consumidor em breve.
Por enquanto, é preciso que mais marcas incorporem a novidade e tornem a tecnologia acessível em seus modelos. Atualmente, ainda são poucos os dispositivos com e-SIM: ele está em aparelhos da Apple e do Google, principalmente. E isso em todo o mundo, não apenas no Brasil.
Esse é um dos principais motivos para o e-SIM ainda não ter se tornado padrão. Algumas operadoras nacionais já permitem que o cliente use o e-SIM de smartwatches como uma segunda linha telefônica, mas ainda não há planos específicos para smartphones.
Além de ser embutido na placa principal do celular, o e-SIM é bem menor que o SIM convencional. No futuro, essa será uma grande vantagem para as fabricantes, que poderão usar o espaço que antes era ocupado pelo slot reservado para o chip para inserir outros components ou para oferecer aparelhos mais finos.
Como o e-SIM vem incorporado na placa do smartphone, a segurança é maior. Em caso de roubo, furto ou perda, o SIM não pode simplesmente ser descartado. E isso permite que o bloqueio do dipositivo seja efetuado remotamente e impede que alguém manipule as informações que estão no chip.
A revolução do e-SIM vai ser ainda mais intensa com a popularização da internet das coisas. Um dos conceitos que deve se beneficiar da tecnologia é a cidade inteligente. Imagine, por exemplo, ter de trocar individualmente os chips de câmeras e sensores de um país inteiro?
Pode ser que o movimento em direção ao e-SIM ainda demore um pouco para acontecer. Mas as vantagens que ele vai trazer à telefonia móvel são bem interessantes, não é mesmo?