Descubra quanto e como você paga pelos serviços ‘gratuitos’ da web

Equipe de Criação Olhar Digital05/05/2018 22h00

Publieditorial

Se você pudesse, pagaria para usar serviços como Google e Facebook? Provavelmente, a maioria dirá que não. Afinal, se hoje essas plataformas de busca, rede social, e-mail e uma série de outros serviços são gratuitas, porque então gastar dinheiro com isso, não é verdade? É curioso! Veja o Facebook como exemplo: com mais de dois bilhões de usuários espalhados pelo mundo, a rede de Mark Zuckerberg faturou quase 41 bilhões (Bilhões) de dólares no ano passado; um crescimento de 47% em relação ao ano anterior. E, fique sabendo, você também contribuiu para isso. Já passou da hora de todos nós entendermos que “nada é de graça” na internet…acredite, quando você não paga efetivamente por um determinado serviço… “O PRODUTO É VOCÊ”!

A principal fonte de renda desses serviços vistos como gratuitos, como o Gmail, o próprio sistema de buscas do Google e tantos outros espalhados pela web é a publicidade. Mais uma vez, isso não significa que você não “pague” nada por eles. É uma troca. Para o usuário não envolve dinheiro, mas sim informações pessoais – e elas são extremamente valiosas para o mercado publicitário.

Com base nos gostos pessoais, comportamento e informações como idade, sexo, localização e uma série de outros detalhes gerados por cada interação com a plataforma, é possível segmentar usuários de forma minuciosa. Esse tipo de informação vale ouro uma vez que Google, Facebook e similares oferecem aos seus anunciantes um público-alvo preciso com base em seus perfis. Toda publicidade que chega até você não é aleatória; se apareceu na sua tela, certamente você faz parte do grupo que aquela determinada empresa queria atingir.

É por causa dessa fórmula que quando você envia um e-mail para alguém sobre uma viagem de mergulho, por exemplo, você passa a ver anúncios de agências que oferecem o roteiro e até de lojas que vendem equipamentos de mergulho. Ou ainda quando você curte uma determinada página no Facebook, o proprietário daquela marca passa a enviar mensagens e publicações no seu feed de notícias; sejam elas da própria empresa ou similares. Nada é por acaso! Se você começar a prestar um pouquinho de atenção no que lhe é ofertado vai entender melhor essa história – e, provavelmente, até se surpreender.

Em resumo, a coleta e uso dos nossos dados e comportamentos online é o que justifica e paga tantos serviços gratuitos na internet. Na semana que vem, você vai entender melhor para onde vão essas informações. Quem sabe o que você curtiu ou comentou no Facebook? E ainda o que está sendo feito para que regras mais rígidas sejam adotadas para o uso das nossas informações pessoais.