Centro de treinamento de robótica prepara profissionais para a era da automação

Renato Santino14/12/2018 21h14, atualizada em 15/12/2018 21h00

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O Brasil está bem abaixo das potências mundiais quando falamos de robôs.

Com base nos dados mais recentes da federação internacional de robótica, o brasil levaria 43 anos para igualar a média atual de 74 robôs para cada dez mil trabalhadores.  Imagine então igualar esse número com a Europa, que já possuem hoje 99 máquinas para cada 10 mil trabalhadores.

Mas nada se compara aos sul coreanos, são 631 robôs para cada 10 mil trabalhadores. Isso sim é realmente um sonho.

Mas o Brasil já consegue ver a luz no fim do tunel e segue crescendo nesse cenário digital. E muita coisa já está acontecendo por aqui. Nos visitamos uma empresa de automação que desenvolveu esse centro de treinamento em Guarulhos, na grande São Paulo. Por aqui a aposta é na qualificação de mão de obra para controlar as novas máquinas robóticas e assim melhorar a produtividade da indústria brasileira.

O investimento para melhorar o centro de treinamento foi de um milhão de reais. Os alunos são profissionais de empresas que compram robôs, além de estudantes do Senai, equipes de empresas e até trabalhadores que estão interessados em fazer um curso de aperfeiçoamento por conta própria.

Quem faz um dos cursos vai controlar robôs por meio desse aparelho que lembra ou tablet, misturado com um joystick. Para quem não tem muita familiaridade, os primeiros movimentos são mais complicados, mas em uma semana o profissional sai capacitado para operar, programar ou fazer manutenção.

O curso custa cerca de dois mil reais, mas a qualificação no mercado de trabalho vai compensar o investimento em pouco tempo.

Para não ficar para trás, o profissional precisa conhecer o que existe de mais avançado na robótica. Um exemplo é a tecnologia savemove, em que o robô diminui a velocidade ou até pára quando alguém se aproxima. Já a realidade virtual, que está ganhando fama nos jogos, é aplicada aqui para simular um pátio de fábrica.

E cada vez mais vamos ouvir falar em robótica colaborativa: em que um robô divide uma atividade e o espaço com o ser humano. E os alunos do centro de treinamento vão ter contato com essa tecnologia. Bem de perto.

E olha que notícia boa, para quem tem medo de que um dia as máquinas roubem os trabalhos do ser humano, com essa capacitação o profissional não precisa enxergar no robô um concorrente e sim um parceiro de trabalho.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital