Barulho. Esse é um dos principais problemas no horizonte dos aviões supersônicos que ensaiam uma volta. Desde que o Concorde foi aposentado, ninguém mais se arriscou a criar voos de passageiros a bordo de aviões capazes de romper a barreira do som. Porém, com novos materiais e, especialmente, com sistemas de computador e de simuladores mais eficazes e baratos, já há algumas startups trabalhando em projetos que prometem trazer de volta a possibilidade de vencer grandes distâncias em tempos menos desumanos que os atuais. A Boom é uma dessas empresas – e talvez a que esteja mais adiantada em seus processos. Além disso, ela promete que os bilhetes de seus voos supersônicos poderão custar o mesmo que os bilhetes dos voos convencionais. Mas, antes mesmo de sair das pranchetas, esses novos aviões enfrentam o problema do barulho. Com motores mais potentes, eles emitem mais barulho que os aviões convencionais. Justamente por isso, a agência de aviação norte-americana anunciou que estuda flexibilizar as atuais regras de emissão de ruídos por parte das aeronaves, para permitir que os aviões supersônicos saiam do papel e voltem aos ares. Para calcular quanto um avião pode emitir de barulho, é feita uma conta levando em consideração o tamanho da aeronave. Os técnicos avisaram que esses novos aviões não poderão superar os valores máximos de barulho atualmente permitidos – eles poderão apenas emitir mais ruído do poderiam em função de seu tamanho.
Redação é colaborador(a) no Olhar Digital